O crescimento sustentável da economia nacional, acompanhado de estabilidade politica e social; o dinamismo do tecido empresarial em particular nas cidades de Lisboa e Porto; a excelente performance do mercado ocupacional; o aumento gradual dos valores de rendas e o contributo do setor do turismo para a economia nacional, têm sido os fatores base que sustentam a procura de investimento em Portugal. A somar aos fatores mencionados e numa perspetiva de conjuntura europeia, o mercado continua a verificar taxas de juro em níveis historicamente baixos, acompanhada ainda de uma volatilidade do mercado de capitais e de elevados níveis de liquidez. No setor de escritórios, a manutenção deste clima económico favorável, manifesta-se nos níveis de procura, que continuam elevados. Essa pressão, aliada a oferta deficitária e sublimada pela inexistência de oferta nova imediata, continuará a direcionar o mercado para operações de pré-arrendamento, particularmente no que toca à ocupação de áreas de grande dimensão. Mantém-se a tendência para estabelecimento em Portugal de empresas internacionais, em particular nas áreas de serviços de apoio ao cliente, call centres, serviços partilhados, serviços financeiros, entre outros. A esta subida da procura resulta uma pressão para a subida de rendas que irá incentivar o incremento de novas promoções. A extensão da Zona 1, pela comercialização dos terrenos em Entrecampos, que prevê-se dinamizar a zona, uma das principais e procuradas zonas da capital portuguesa. Assinala-se também que a reconversão de vários edifícios de escritórios para habitação, estão a ser repensados novamente para o uso de escritórios e até que essas novas áreas entrem no mercado, este segmento irá continuar na mira dos investidores, criando pressão nos espaços de escritórios existentes, reforçando assim a procura por novos espaços, de forma a satisfazer a procura. No setor do Retalho, o comércio de rua, continua a dinamizar o setor, tendência que já vem dos semestres anteriores. Este tipo de comércio que alia o tradicional ao cosmopolita, bem como as preferências de consumidores nacionais e internacionais. A proximidade e o facto de ocuparem espaços dispersos na malha urbana são as principais valências. Por outro lado nos grandes espaços comerciais os espaços disponíveis escasseiam. O protagonismo das lojas de proximidade, obriga a repensar e requalificar os grandes centros comerciais, sendo que aqui a tendência a seguir é aumentar o espaço de lazer e de restauração. São também apontadas como tendências no sector do retalho, o crescimento do e-commerce, seja B2B (business to business) ou B2C (business to consumer). As transações financeiras de valores elevados na área hoteleira verificadas no 1º semestre deste ano são prova de que Portugal vai continuar a ser atrativo do ponto de vista imobiliário em 2019. O crescente aumento do número de turistas que anualmente está a dinamizar o mercado turístico português, prova o nível de exposição e reconhecimento de Portugal enquanto destino turístico. A existência de iniciativas que visam o aumento do turismo em Portugal, o combate à sazonalidade, bem como a dinamização da marca Portugal como destino de eventos culturais, desportivos, de congressos internacionais de eventos, tais como: - Turismo 4.0, iniciativa específica conjunta do Ministério da Economia, da Secretaria de Estado do Turismo e do Turismo de Portugal, para promover a transição da atividade turística para a economia digital; - Turismo de saúde e bem-estar, do qual se destaca o programa “O Passaporte de Saúde de Portugal”, inovador em toda a europa, o qual permite aos turistas nele incluídos, terem acesso imediato a cuidados de saúde urgentes de elevada qualidade em unidades privadas, a preços fixos. - Enoturismo, é um turismo em franca expansão que se estende pelas 14 regiões vitivinícolas em Portugal continental, Açores e Madeira. - Ecoturismo, turismo sustentável, com baixa pegada de CO2, uma preocupação importante e crescente, em particular nas camadas mais jovens.