Regista-se mais investimento, mais vendas, mais crédito hipotecário e a Banca a voltar analisar com atenção projetos imobiliários novos. Esta confiança, estamos certos, continuará em 2018 enquanto houver liquidez no mercado, as taxas permaneçam baixas, a confiança e a estabilidade política assim se mantenha. Acreditamos também que os atuais níveis de preço vão começar a estabilizar para o produto novo, podendo ter ligeiras correcções no mercado dos usados por via exactamente da nova construção que vai começar a aparecer no mercado e não só nos centros das grandes cidades. Na realidade assistimos, felizmente, a construtores/promotores a comprar e a analisar locais periféricos dos centros de Lisboa e Porto na procura de boas áreas para começar a construir para a classe média nacional. Começa a ser normal vermos aquisições de lotes no Lumiar, Amadora, Maia, Montijo, Gaia, Camarate, Faro, Olhão, Braga e outros locais menos centrais, onde nacionais e estrageiros começam a apresentar projetos de construção de prédios em altura. Era uma importante parte do mercado que faltava normalizar, a habitação para nacionais. No segmento dos novos edifícios para serviços ainda não se vê essa dinâmica mas o imobiliário tem desde 2014 dado nota que sabe ir evoluindo no sentido certo, devagar mas firme e por certo que esgotado o stock de espaços para o sector Hoteleiro o mercado vai reconhecer que faltam novos escritórios nas grandes cidades para o crescimento que assistimos na economia e no investimento externo em Portugal. Já há procura, não há é quem esteja a investir nos mesmos ao mesmo ritmo. Finalmente, com esta maior oferta e a estabilização dos valores de transação, o mercado do arrendamento de longa duração ficará também mais competitivo e acessível para quase todos. Assim 2018 deverá ser o ano da retoma da construção que não só reabilitação tornando 2019 no “ano global” de um mercado imobiliário adulto e altamente profissional. Que a Europa e a sua conjuntura nos ajudem a manter este rumo pois ao nível da capacidade essa não nos falta.