ESPAÇOS DE TRABALHO: O QUE NOS RESERVA O FUTURO?

A revolução digital permitiu a mobilidade da maior parte dos profissionais, as empresas entenderam a vantagem dos espaços flexíveis para otimizarem os recursos que utilizam, e a alteração de mentalidades possibilitou a partilha de espaço e recursos, reunindo agora pessoas de diferentes empresas e áreas de trabalho num mesmo ambiente. Os espaços de trabalho flexível e o coworking tornaram-se assim numa realidade com elevado ritmo de crescimento, em Portugal e no resto do mundo. Este conceito apresenta inúmeras vantagens: o utilizador está livre de contratos de aluguer, podendo optar por compromissos de curta duração, não tem de investir pois o espaço está equipado e pronto a usar, nem de contratar serviços adicionais (desde luz até à limpeza e à receção, tudo está incluído no serviço). Por outro lado, este conceito permite o networking, favorecendo o aumento da rede de contactos da empresa, mas mantendo a possibilidade de diferentes opções de abertura ao exterior: existe sempre a possibilidade de optar por diferentes tipos de espaço aberto ou por um gabinete fechado ou sala de reunião. O trabalho flexível irá chegar a empresas que ainda o não descobriram, a cidades onde não está implementado e reforçará a presença onde já existe. Como é o exemplo da Regus - líder mundial de soluções de espaço de escritórios flexíveis -, que este ano de 2018 abriu a primeira unidade no centro de Braga, e alargou a sua rede no Porto com a integração do Porto District, passando a dispor de 13 centros em Portugal. A localização dos escritórios é um dos trunfos do coworking, que privilegia locais com fácil acesso a transportes públicos, serviços e lazer. Os preços competitivos e a flexibilidade são outra vantagem, num momento em que imobiliário está em alta de preços. Desta forma, o conceito é vantajoso para empresas das mais variadas dimensões, necessidades e fases da vida, desde start-ups até multinacionais. Há uma quase unanimidade quanto ao grande peso que os espaços de trabalho flexível irão rapidamente ganhar. Muitas das novas unidades que vão abrir serão de grande dimensão e vão responder a novas exigências da comunidade de utilizadores, criando espaços que se “preocupam” com o seu bem-estar e fomentando a criatividade através de espaços de design superior, maior informalidade e momentos de interação e de lazer. A tecnologia irá também abrir portas a novas vagas de inovação: Inteligência Artificial, Internet of Things, Blockchain, Big Data entre outras irão ser os drivers da mudança. Teremos edifícios cada vez mais inteligentes e residentes que irão alterar a sua forma de se organizar e trabalhar até porque em muitos casos terão atividades que hoje nem sequer existem. Os espaços terão de ir inovando permanentemente para lhes dar resposta.

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