Equilíbrio entre a vida pessoal e profissional despertou para uma mudança nas tendências da procura

Percebemos que em muitas profissões, o trabalho pode ser feito de forma remota, sem ser necessário a deslocação ao trabalho todos os dias, ou durante vários meses, como tem acontecido nos longos períodos de confinamento. Certamente que, no futuro, os moldes de trabalho serão negociados entre a empresa e o colaborador, o que vai dar uma maior liberdade de escolha do local onde se vive, e isso, vai despertar para uma mudança nas tendências da procura.A pandemia veio gerar novas necessidades de espaço e hoje a qualidade de vida é algo que pesa muito na decisão sobre o local onde viver. A procura por um equilíbrio entre a vida pessoal e profissional, tem feito com que as pessoas procurem soluções fora da cidade. Mais do que nunca, a casa assumiu o papel principal! Os atuais compradores do mercado residencial evidenciam uma procura mais orientada para áreas maiores, com espaço exterior - que permita uma melhor qualidade de vida e de trabalho.A energia e qualidade de vida que se ganha ao viver em maior contato com a natureza é de grande importância, acho que todos sentimos a diferença no regresso à cidade após alguns dias de férias. Agora vamos imaginar viver num local com ar mais puro, perto do mar ou do campo.A verdade é que nas grandes cidades paga-se mais por menos. Casas com espaço, luz, varandas, garagem ou espaço exterior, atualmente tem um valor de mercado elevado. Fora dos grandes centros urbanos - e temos vindo a verificar isso em especial nas zonas da margem sul do tejo, como Seixal, Aroeira, Montijo ou Alcochete -, o preço das casas é mais acessível e permite ter acesso a outras tipologias, áreas maiores e espaço exterior, além de uma melhor qualidade de vida. O aumento do investimento na margem sul tem sido notório, esta região está a crescer, graças aos projetos imobiliários e aos recursos naturais que possui. Passou de um local de férias para um local para residir.O mercado imobiliário no segmento de luxo, tem registado nos últimos anos um crescimento significativo, com o número de compradores a aumentar exponencialmente de ano para ano. Além disso, a classe média alta e alta a nível nacional, tem-se mostrado resiliente perante a pandemia. Seja na compra para residência permanente, segunda habitação ou para rentabilização de investimentos através do arrendamento turístico.Naturalmente, o segmento internacional foi o mais afetado pela pandemia, tendo em conta a restrição de mobilidade entre países que levou muitos investidores a suspenderem as suas decisões sobre transações imobiliárias. No entanto, também reconhece a qualidade do nosso país para um novo estilo de vida e tem sido notório o interesse deste mercado em investir em zonas da periferia da cidade de Lisboa.

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