Autoconsumo: empresas portuguesas estão em fase de aprendizagem

Cada cliente tem um perfil de consumo e um espaço disponível para a instalação de painéis específico, e cabe-nos a nós como especialistas do setor, aconselhar o cliente a definir a solução do sistema solar a instalar mais adequado ao seu caso específico.Logo neste primeiro ano de entrada em vigor do novo diploma, registaram-se já, algumas grandes empresas, como é o caso do Grupo IKEA – que já iniciaram a instalação destes sistemas nas coberturas das suas três lojas em Portugal – como pioneiras na adoção destas soluções de autoconsumo. Estas têm contribuído de forma positiva para o aumento de procura para este tipo de soluções em Portugal. Com o custo da tecnologia a descer e os preços da energia convencional a subir, as energias renováveis e em particular as produzidas de uma forma descentralizada, como o solar fotovoltaico, são apostas necessárias e seguras para o aumento da independência energética das empresas instaladas no nosso país. De facto, os sistemas fotovoltaicos podem ajudar a reduzir em até 50% os custos das empresas com a energia eléctrica através da substituição da energia comprada por energia autoproduzida.Empresas de grande dimensão têm gastos com energia bastante elevados, pelo que a possibilidade de instalarem sistemas solares para autoconsumo pode ser uma grande mais valia para a sua competitividade. As próprias empresas podem optar por produzir a sua energia ou comprar ao fornecedor de energia normal. Ou por outras palavras, a decisão pode ser entre: continuar a gastar um determinado valor todos os meses a comprar energia (e que deverá sofrer aumentos todos os anos) ou utilizar esse mesmo valor, ou até menos, no pagamento de um financiamento por exemplo a 8 ou 10 anos e adquirir um sistema que lhe proporcionará energia de ”borla” daí em diante.Este conceito de autoconsumo ainda é muito novo e é preciso fazer chegar às empresas as verdadeiras vantagens deste tipo de soluções solares para o seu autoconsumo. No enquadramento regulatório anterior, os donos dos sistemas fotovoltaicos tinham um contrato de venda da energia a toda a rede. A minigeração, que vem desde 2008, começou pelo sector residencial e passou para as empresas. Na prática, havia uma tarifa garantida de venda de energia à rede mais ou menos durante 15 anos, cobrindo toda a energia produzida e garantindo uma determinada rentabilidade. Em 2015, além desse modelo que continua a existir com a denominação UPP, passou a funcionar também o autoconsumo, denominado por UPAC, mais favorável a empresas, sobretudo as que tenham um consumo mais regular de energia durante o dia.Sentimos que ainda há muito por explorar neste setor e por isso entrámos em 2016 com perspetivas positivas e com confiança em novos projetos e parcerias com grandes empresas. Estamos não só a apostar na venda direta como no investimento terceiro. Neste modelo, o investimento é feito por uma entidade terceira e o cliente pode beneficiar de poupanças efetivas no seu custo de energia logo desde o primeiro dia.

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