Um ano-chave para profissionalizar o mercado do arrendamento

Já assistimos a impactos de curto prazo na atividade do mercado e as perspetivas de médio prazo apontam para um contexto geral negativo que terá inevitavelmente efeitos significativos no retalho, dificuldades crescentes no pagamento de rendas residenciais, estagnação parcial das transações e dificuldades no imobiliário turístico. Este enquadramento implicará a necessidade, por parte dos investidores, de uma análise mais cuidada e de uma atitude mais seletiva em relação às opções de investimento. Na gestão imobiliária, o core business da MVGM, este será um ano-chave para revitalizar e profissionalizar o mercado do arrendamento. Acredito que será um ano em que vamos olhar mais para as nossas cidades, e que vamos conseguir torná-las mais smart e mais soft – mais sustentáveis e mais funcionais, ajustadas às necessidades dos seus habitantes. Até agora, os investidores pensavam primordialmente numa perspetiva de construir para vender (conhecido no mercado como build to sell); neste momento, os investidores já consideram também a perspetiva de construir para arrendar (aquilo a que o mercado normalmente designa de BTR – built to rent). Acreditamos que no prazo de um a dois anos vão começar a surgir empreendimentos novos, pensados e construídos (ou reconstruídos) especificamente para o mercado de arrendamento, que o farão crescer e tornar mais dinâmico. Esta melhoria da oferta habitacional em zonas-chave das cidades vai permitir que as mesmas se tornem mais vivas e terá um impacto muito positivo na qualidade do parque imobiliário para a classe média, que está atualmente muito envelhecido e deteriorado. Espera-se que também venha a ter algum impacto nos preços, reduzindo os valores das rendas. Com o surgimento e aumento destes grandes portefólios, surge também a necessidade de uma gestão mais rigorosa e profissional, que dê garantias aos investidores e o nosso objetivo é ser um agente de mudança na transformação do mercado residencial, trabalhando em conjunto com os restantes intervenientes para criar mais e melhores soluções.

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