Há os que se instalam de armas e bagagens, há os que vêm e vão, mas há sobretudo uma dinâmica nunca antes vivenciada nas ruas das nossas cidades. Os mais céticos chamam-lhe bolha. Os crentes, uma nova realidade. Seja como for, fugaz ou não, o panorama mudou. A renovação das cidades é inegável, os projetos de reabilitação amontoam-se nas mais diversas entidades, a construção retomou em grande e com ela os níveis históricos de investimento imobiliário. São empresas que escolhem Portugal para se instalar, são lojas novas que abrem a um ritmo nunca antes registado, são conceitos de coworking, coliving, self storage, coretail, colearning... Trata-se de um movimento irreversível que levanta questões sensíveis como défice habitacional, inflação dos preços, poluição e desigualdades sociais, tudo parte de um mesmo ecossistema que obriga a um repensar das cidades em todas as suas dimensões. Para que tudo isto possa acontecer sem entropias é imperativa a existência de politicas coerentes, leis funcionais, estratégias bem definidas que apontem uma direção inequívoca, mas também um sistema ágil, rigoroso e célere. Ao mesmo tempo que os centros urbanos crescem e se desenvolvem, o setor do retalho continua a exibir um dinamismo impressionante, evidenciando uma agilidade para se adaptar rapidamente a cada nova onda de mudança. É uma resposta imediata que acompanha as tendências e satisfaz os consumidores. Assume um papel inegável enquanto elemento catalisador desta revitalização. Dá vida a bairros esquecidos, cria zonas mais coesas e embeleza a cidade. Uma simbiose perfeita entre o antigo, a história, o moderno e o contemporâneo.