2020: um ano para recordar!

O mercado continuava num bom momento e as perspetivas para 2020 eram muito positivas, com planos de ação ambiciosos em todos os canais. Dois meses depois, entrámos num turbilhão de acontecimentos que nunca poderíamos ter previsto. Felizmente, em Portugal, o Governo estabeleceu a obrigatoriedade da abertura de estabelecimentos de comércio de materiais de construção e bricolage, o que não aconteceu em Espanha, França e Itália, onde o confinamento chegou a este setor, por muitas semanas, com consequências inevitáveis na cadeia de abastecimento. Apesar do impacto negativo e perante um cenário de forte contingência, sobretudo em abril e maio, as vendas em Portugal foram acima do esperado. Em alturas difíceis de crise, ao contrário do que se possa imaginar, o consumidor procura marcas credíveis que ofereçam segurança em todo o processo de compra, utilização e pós-venda. Contudo, quando falamos de materiais de construção, falamos de uma Indústria que se move de forma muito lenta, onde as inovações demoram anos a penetrar e a ganhar quota de mercado. Trata-se de uma velocidade muito própria, motivada quer pelos hábitos das equipas projetistas e da produção em obra, quer pela tendência para aplicar materiais já conhecidos. Mas o consumidor procura soluções novas, com designs inovadores, que promovam a sustentabilidade e que sejam de utilização agradável, tudo isto, com uma clara tendência genérica para a digitalização. E este é um desafio também para a promoção imobiliária. Hoje, mais do que nunca, o Cliente procura soluções que acrescentem valor, pelo que é primordial ter a capacidade de oferecer, em cada novo produto, o "next level" em design, em inovação, em eficiência e em sustentabilidade. É crucial que o padrão de exigência continue a evoluir e não podemos permitir que a crise perturbe este caminho. Os nossos "Fazedores de Cidades" devem continuar a patrocinar esta evolução e, neste tópico, deixo uma breve nota ao fator "sustentabilidade". A sustentabilidade está na ordem do dia em inúmeras vertentes: na energia (já há bastantes anos), na utilização de materiais sem desperdício e, mais recentemente, na utilização eficiente da água. Neste último tópico, a evolução para a certificação de projetos já é uma realidade, com vários referenciais internacionais, mas terá maior visibilidade através do programa Aqua+ da Adene, que deverá liderar as orientações nesta área. Por fim, no plano económico, as restrições provocadas pelo Covid-19 também restringem os gastos das famílias! Como exemplo, na Alemanha os níveis de poupança estão a subir três pontos percentuais acima do PIB, o que indicia um excesso de liquidez num futuro próximo e os especialistas preveem que, no prazo de dois anos, as pessoas apliquem estes recursos em bens duradouros: automóveis e imobiliário. Em suma, 2020 é um ano de desafios para as marcas, mas deverá ser um ano de preparação para os que se seguirão. A GROHE é uma marca de referência para o consumidor e facilmente reconhecível. E as marcas de referência juntam-se a marcas de referência.

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