Segundo a Cushman & Wakefield, 65% dos 1.900 milhões de euros investidos foram aplicados nestes ativos, de que são exemplo os Fóruns Almada e Montijo, comprados pela Blackstone, ou os Dolce Vita Porto, Vila Real e Coimbra, comprados pelo Deutsche Bank. De salientar ainda a compra do Dolce Vita Tejo pela Eurofund Investments ou, mais recentemente, a loja da Hermès no Chiado.
2016 promete mais dinamismo
Uma maior solidez na economia, a retoma da procura e do volume de vendas dos retalhistas contribuem para que o ano arranque com alguns projetos para novos centros: Depois de um ano em que inaugurou apenas 1 centro comercial e uma galeria Jumbo, ambas da Immochan, nos próximos 2 anos são de esperar a abertura do Nova Arcadia, de parte do centro comercial da Ikea, em Loulé, e as renovações do NorteShopping e do Oeiras Parque. No total, estão em construção e com abertura prevista 150.000m².
No caso do comércio de rua, a procura, e consequentemente as rendas, têm vindo a crescer. A C&W regista «uma procura muito dinâmica em zonas adjacentes às zonas prime», e «a crença de que as zonas prime se vão expandir, até porque o mercado é finito», revelou Marta Esteves Costa, Head of Research & Consultancy Iberia na consultora, durante a apresentação de resultados da empresa. Este ano, é de esperar «a promoção de vários novos edifícios com lojas na Avenida da Liberdade», um dos eixos mais importantes do comércio de rua de Lisboa.
Restauração representa perto de 1/3 das aberturas de lojas em 2015
A restauração está a afirmar o seu peso na oferta comercial do país, tanto em termos de lojas em centros comerciais como no comércio de rua.
A Cushman & Wakefield nota que, no ano que agora fechou, registaram-se 350 aberturas e renovações de lojas, sendo que mais de 100 são de restauração. 29% representam lojas de moda, equivalente a 87 novas lojas, e Lisboa concentra 1/3 do total das aberturas, seguida pelo Porto, Sintra e Viseu.
Estes números surgem numa altura em que se sente uma retoma do volume de vendas do setor do retalho desde 2013, ainda que moderada. A recuperação é mais acentuada na área dos bens não alimentares, mas os bens alimentares têm ainda valores superiores.