A evolução positiva do mercado imobiliário do Grande Porto nos últimos anos, tem levado os promotores e investidores a apostarem no desenvolvimento de novos projetos de escritórios e serviços com novos padrões de qualidade. A procura, liderada por empresas internacionais, pede áreas maiores, mais flexíveis e confortáveis, com boas acessibilidades e localizações centrais nas cidades.
O Porto Business Plaza pretende «colmatar a escassez de oferta de grandes áreas de serviços no centro da cidade, permitindo atrair grandes ocupantes para o edifício», afirmou Duarte Corrêa d’Oliveira, do departamento de escritórios da Cushman & Wakefield, que falava durante a sessão de apresentação do projeto, a 19 de junho, no Porto.
Promovido pela Ciagest, S.A., empresa do grupo SDC Investimentos, o novo empreendimento resulta da obra de reabilitação e conversão de um antigo centro comercial localizado na zona do Bonfim, entre a Rua de Santos Pousada e o Campo 24 de Agosto, num investimento de 11 milhões de euros. «A renovação deste equipamento, encerrado há vários anos, vai valorizar todo o quarteirão e constituirá mais um passo importante no processo de revitalização desta área da cidade», comentou Gonçalo André dos Santos, administrador da empresa promotora, justificando o investimento que o grupo está a realizar no Porto oriental, «uma área fortemente intervencionada pela autarquia». Para Duarte Corrêa d’Oliveira «o Porto oriental vai ser o futuro».
O Porto Business Plaza oferecerá uma área bruta locativa total de cerca de 17.000 metros quadrados na sua maioria em open space, em dois pisos, possibilitando a instalação de diversas entidades que poderão ocupar grandes áreas de dimensão variável, no limite até cerca de 6.800 metros quadrados num único piso. Existirão ainda até 1.000 metros quadrados para retalho e, adicionalmente, está prevista uma intervenção nos antigos cinemas do mesmo centro comercial que serão transformados num espaço polivalente com cerca de 3.500 metros quadrados. Ao projeto de reabilitação, desenvolvido pelo arquiteto Alexandre Burmester, soma-se a intervenção paisagística a cargo do arquiteto Luís Alçada Baptista, com novos espaços verdes e zonas de restauração e lazer. «Trabalhamos num projeto que abrisse o espaço à cidade e trouxesse a cidade para este espaço, dando-lhe uma nova vida», contou Alexandre Burmester.
Este novo projeto representa «a segunda fase do relançamento comercial do complexo que se iniciou em 2016 com a reabertura do terminal rodoviário operado pela Transdev», comentou António Castro Henriques, administrador da empresa promotora. Desde então seguiram-se a instalação da Natixis, que ocupa atualmente cerca de 12 000 metros quadrados, e da tecnológica portuguesa Feedzai.
A obra de reabilitação arranca este ano e deverá estar concluída no final de 2020. O futuro centro de negócios está em comercialização, em regime de exclusividade, pela Cushman & Wakefield.