A oferta de retail parks vai contar com 9 novos projetos nos próximos anos, num total de 108.000 metros quadrados de área acumulada, que se somam aos 36 já em operação.
De acordo com a CBRE, 4 projetos estão atualmente em construção, e outros 5 estão em comercialização, com as obras a arrancar em breve. Ainda este ano, deverão abrir o Estoril Retail Park e o Vila Retail Park, em Ponte de Lima (num investimento de 7 milhões de euros no caso deste). No próximo ano, são esperadas as aberturas do Alagoa Retail Park, em Carcavelos, e do Sudoeste Retail Park, no Algarve, este último resultado de um investimento de 25 milhões de euros.
Investidores e consumidores confiam neste produto em tempo de pandemia. Luís Arrais, Retail Property Management Director Iberia da CBRE, destaca que «o segmento dos retail parks foi a tipologia de ativos mais resiliente aos efeitos negativos da pandemia», nomeadamente devido às «lojas grandes, com maior capacidade para receber clientes dentro das medidas impostas pelo Governo de cinco pessoas por 100 metros quadrados, porta aberta para o exterior, e um mix de lojas de conveniência, como as do ramo alimentar, mobiliário, DIY (do it yourself, ou faça você mesmo, em português) desporto ou eletrónica», cita o DV.
Por seu turno, João Esteves, Associate do departamento de retalho da Cushman & Wakefield, destaca que «os retail parks provaram ser uma proposta de valor resiliente e demonstraram um melhor desempenho quando comparado aos demais formatos de comércio». Segundo o especialista, «os consumidores procuram lugares seguros e de extrema conveniência que ofereçam a possibilidade de chegar de carro a uma zona de estacionamento exterior com acesso direto à loja e com a confiança de que podem fazer compras em grandes espaços, o que tem favorecido fortemente o formato».
Segundo os dados do Índice de Footfall, no ano passado, a quebra do número de visitantes dos retail parks desceu 12% face ao ano anterior. Mas a descida dos visitantes dos centros comerciais recuou 34,9%. E, no primeiro semestre deste ano, o número de visitantes dos retail parks desceu 9%, e o dos centros comerciais 14% face ao período homólogo.
Já as vendas, subiram 11,5% nos retail parks neste semestre, e nos centros comerciais 2,7%. Até porque, sublinha João Esteves, os setores de atividade que integram os retail parks, como o alimentar, desporto, decoração, lar e brigolage, «foram os que maiores crescimentos de vendas registaram durante a pandemia, todos considerados bens essenciais não tendo por isso sido obrigados a encerrar portas durante o período de confinamento», lembra o responsável.