Em Portugal, a atuação do Grupo Inditex era assegurada por nove empresas distintas, sendo cada empresa responsável pela exploração precisamente de cada uma das nove marcas do Grupo presentes no mercado português: Bershka, Italco (marca Massimo Dutti), Oysho, Pull&Bear, Robustae (marca Lefties), Stradivarius, Uterqüe, Zara Home e Zara Portugal (marca Zara). Cada uma das nove empresas atuava no setor do comércio por grosso ou retalho de vestuário, acessórios de moda e artigos para lar, estando a atividade do grupo subdividida numa lógica de Empresa-Marca.
Apesar da «flexibilidade e independência» que esta estrutura societária permitia, o Grupo Inditex em Portugal decidiu concentrar a sua estrutura societária numa única sociedade – a Zara Portugal, S.A. – numa operação de fusão por incorporação, na modalidade de transferência global do património das Sociedades Incorporadas para a Sociedade Incorporante. Assim, através da operação fusão, concluída a 31 de maio, o património das sociedades incorporadas foi transferido para a sociedade incorporante, mantendo esta última a sua existência jurídica e extinguindo-se as sociedades incorporadas. Esta fusão envolveu cerca de 5000 trabalhadores, 350 lojas e transmissão de imoveis num valor patrimonial superior a 15 milhões de euros.
Além de uma simplificação da estrutura societária do Grupo Inditex em Portugal, esta fusão pretende dotar o Grupo «de uma maior capacidade concorrencial e competitiva», lê-se no projeto de fusão publicado, a 27 de abril, no Portal de Justiça.
Esta, que é certamente uma das maiores operações de fusão realizadas este ano em Portugal, foi assessorada juridicamente pela sociedade de Advogados Azeredo Perdigão & Associados, contando com as intervenções dos advogados Miguel de Azeredo Perdigão, Inês Henriques de Matos e Pedro Morão Correia.
O Grupo Inditex é um dos maiores fashion retailers a nível mundial com as suas marcas comercializadas em 202 mercados, seja através da sua plataforma online, seja através das cerca de 6.800 lojas.