Segundo revelou o presidente da autarquia ao Público Imobiliário, trata-se de um investimento de 12 milhões de euros, suportado em grande parte por “fundos comunitários e fundos de apoio ao turismo”.
A autarquia deverá investir cerca de dois milhões de euros neste projeto, que ficará instalado nos 20 mil metros quadrados dos antigos terrenos das Caves Borges, localizados junto à Rua General Torres, que são hoje propriedade de um fundo de pensões do banco BPI.
Para além do centro de congressos, todo o projeto “será rentabilizado através da instalação de uma unidade hoteleira e de um espaço comercial”. Segundo Eduardo Vítor Rodrigues, o empreendimento ocupará cerca de 50% da área prevista, cabendo aos restantes 10 mil metros quadrados a criação de espaços públicos de lazer. Estão atualmente em curso negociações com o proprietário do terreno para o arrendamento de longa duração daquela área.
Nova âncora para o turismo
A autarquia criou um grupo de trabalho técnico para avançar com o desenvolvimento do projeto, que envolve parceiros privados para a exploração da unidade hoteleira e zona comercial. Estes estão “já definidos”, mas Eduardo Vítor Rodrigues escusou-se a mencionar quem são os referidos operadores.
A gestão e programação do centro de congressos ficará a cargo do município, que pretende assim criar um espaço para a realização de congressos, incentivos e eventos, capaz de colocar Vila Nova de Gaia “no mapa dos eventos internacionais” e “trazer visitantes estrangeiros” ao município.
O autarca manifestou a vontade de ver este equipamento atrair “dezenas de milhares de visitantes anualmente, não apenas para os congressos”, mas “para que possam encontrar razões para voltarem com as suas famílias”, disse. “O turismo na Área Metropolitana do Porto deve encontrar novos motivos de atração, sob pena de se esgotar”, adiantou.
O autarca assegurou que o Grande Porto não tem espaços para este tipo de eventos, uma vez que, na sua leitura, “a Exponor está mais voltada para a realização de feiras, a Alfândega do Porto tem uma capacidade limitada e o Pavilhão Rosa Mota estará mais direcionado para a realização de eventos desportivos”. Trata-se, concluiu, de “uma oportunidade para captar outros públicos”, ligados às empresas e universidades, que possam "trazer a Vila Nova de Gaia e à região Norte um novo fator de atratividade”.