Entre as aberturas mais recentes do centro estão a Science4You, a Spaccio, a Gift Factory, que aqui abriu a 1ª unidade da marca, a Rádio Popular, a Baía do Peixe e a Carnalentejana. Em entrevista à Vida Imobiliária, o responsável avançou mais sobre como se tem desenvolvido a atividade do centro e as novas perspetivas para este ano.
Como se diferencia o Centro Comercial do Campo Pequeno da sua concorrência, numa altura em que Portugal tem um mercado de centros comerciais considerado maduro, e também numa altura em que o comércio de rua vai ganhando uma nova dinâmica em Lisboa?
R: O Centro Comercial Campo Pequeno possui características altamente diferenciadoras comparativamente a outros outros centros comerciais de Lisboa e de Portugal. Aquela que salta, desde já, à vista é a própria infraestrutura em que se insere: a mítica arena do Campo Pequeno, que este ano celebra 124 anos de história e tradição, sendo um ícone incontornável da cidade de Lisboa e da cultura portuguesa. O edifício confere a um centro comercial atual e moderno uma personalidade irreverente e única, que balanceia na perfeição o passado e o futuro na construção de uma oferta e experiência de compra únicas.
Com a reconversão concluída em 2006, o Campo Pequeno transformou-se numa sala polivalente, onde tanto podem ter lugar corridas de touros como concertos, bailados ou eventos corporativos, além dos reconhecidos mercados. O centro comercial, que também nasceu há 10 anos, surge assim como o complemento ideal e essencial a uma agenda e oferta cultural muito diversificada.
Além disso, devido a uma localização privilegiada, precisamente num dos maiores centros empresariais, culturais e turísticos da capital, o Centro Comercial do Campo Pequeno tem um público fiel e diversificado, que garante “casa cheia” ao longo da semana. Por um lado, a nossa oferta de restauração atrai os profissionais que trabalham na zona das Avenidas Novas. Por outro lado, quando aliamos a restauração a um conjunto de salas de cinema, são as famílias que nos procuram à noite e ao fim-de-semana, complementando o seu programa com compras no mix de lojas do centro.
Que tipo de posicionamento pretendem ter enquanto centro comercial?
R: O Centro Comercial do Campo Pequeno é muito mais do que um conceito comercial, uma vez que nasce num monumento nacional, único em Lisboa e uma referência para muitos portugueses. Seria impossível para qualquer lisboeta imaginar a capital sem a icónica praça, sendo um local de passeio habitual para muitas famílias. Assim, o Centro Comercial do Campo Pequeno pretende ser não só um lugar de consumo, mas também um lugar de cultura, marcado por um ADN marcadamente atual, diversificado e acolhedor, características elevadas pela sua inevitável centralidade.
Estão a passar/passaram pela implantação de uma nova estratégia de marketing. Porquê esta mudança?
R: Sendo este um ano de dupla celebração para o Campo Pequeno – 125 anos de existência da praça e 10 anos desde a reformulação do edifício – consideramos importante entrar em 2016 com as equipas renovadas e uma atitude positiva, preparados para atingir objetivos e metas mais ambiciosos. Para tal, reformulamos a composição das nossas equipas de marketing e comunicação e procuramos uniformizar e revitalizar a imagem do Campo Pequeno, através de um novo logótipo e identidade gráfica.
Começamos por dar esse novo fôlego na estratégia em 2015, sendo que já começamos por colher os frutos das novas linhas implementadas, e estamos muito confiantes de que veremos ainda mais resultados em 2016.
Que outras mudanças se estão a passar no centro comercial, além da renovação do mix de lojas?
R: Os diretórios foram reformulados e atualizados, adaptando-os à nova imagem do Campo Pequeno. Procedeu-se à normalização da colocação de publicidade, sendo definidos novos locais para a afixação da comunicação em todo o Centro Comercial. O site do Campo Pequeno foi totalmente renovado, introduzindo-se novas funcionalidades, que permitem, não só uma maior interação com os lojistas, mas também com o público em geral.
De que forma se tenta articular os espetáculos do centro com a oferta comercial/atividades no centro?
R: Com uma renovação constante da oferta de lojas e serviços, o Centro Comercial do Campo Pequeno tem-se vindo a adaptar às últimas tendências de consumo. Uma das grandes estratégias passa por trabalhar em sinergia com as outras áreas de atividade, como a tauromaquia e a Sala de Espetáculos, o que acaba por diferenciar toda a oferta do Campo Pequeno. A Sala de Espetáculos, com uma agenda diversificada e lotações esgotadas, acaba por atrair para o centro milhares de potenciais consumidores, afluência que se reflete nas vendas das lojas e na ocupação das áreas de restauração e estacionamento.
Em que novas marcas vão apostar este ano? Quantas novas lojas pretendem abrir?
R: Em 2016, o Centro Comercial do Campo Pequeno vai continuar a desenvolver uma estratégia de negócios baseada na inovação e renovação da oferta e do espaço, procurando manter sempre o carácter acolhedor e de proximidade que nos caracteriza. Apesar de ainda não poder revelar todos os pormenores, posso adiantar que está prevista para breve a abertura de um novo conceito na restauração, com uma oferta pensada para os apreciadores de peixe.
E, numa altura de boom turístico da cidade, como corre a atividade no Centro Comercial do Campo Pequeno neste aspeto, e quanto pesam esses mesmos turistas nas vendas?
R: Desde o princípio, definimos o turismo como um setor de grande interesse e os visitantes da cidade de Lisboa como um target preferencial, uma vez que nos encontramos num dos mais importantes pólos turísticos da cidade e estamos inseridos num monumento nacional e de referência. Assim, à semelhança do que tem sido feito, a nossa oferta também continuará a ser orientada para este conjunto específico de consumidores, sendo um bom exemplo disso a The Gift Factory, uma insígnia portuguesa de gifts e produtos para a casa que abriu no final de 2015.
Desde a abertura do Centro Comercial, os turistas têm vindo a revelar-se como um conjunto de consumidores fundamental para o tráfego geral do Centro, com repercussão nas vendas das lojas.
Quais são as principais nacionalidades que vos visitam?
R: São oriundos de vários países, sendo os países europeus aqueles que em maior número nos visitam, nomeadamente franceses, alemães, italianos e espanhóis. Os turistas brasileiros também representam uma percentagem importante dos visitantes do Centro Comercial, não esquecendo também os turistas do continente asiático.