É o que conclui o estudo “Digital Mastery 2020: How organizations have progressed in their digital transformations over the past two years”, realizado pelo Capgemini Research Institute, que quis perceber quantas empresas são hoje capazes de implementar programas de transformação digital.
Cerca de 2/3 das empresas inquiridas afirmaram ter os recursos necessários a nível de tecnologia e de liderança, um crescimento de 36% em dois anos. Todos os setores de atividade registaram uma evolução negativa, com o retalho a liderar, logo seguido pelas telecomunicações, com 71% das empresas a revelarem o mesmo.
No entanto, o fosso entre os chamados “digital masters” e as demais empresas agravou-se. As grandes empresas, com receitas no valor de 20.000 milhões de dólares ou mais, têm «uma clara vantagem na evolução dos seus recursos/competências digitais e de liderança», pode ler-se no estudo.
68% destas empresas afirmaram ter os recursos e competências necessários, face aos 55% de empresas com receitas abaixo dos 10.000 milhões de dólares. 70% das maiores empresas revelaram ter as competências de liderança necessárias para a transformação digital, que comparam com os 57% das empresas de menor dimensão.
Se em 2018 as pessoas eram apontadas como uma barreira significativa à transformação digital, «atualmente as empresas já estão a conseguir envolver mais os seus colaboradores nestas iniciativas», cita o Distribuição Hoje. O rácio de 36% registados em 2018 compara com o de 63% de 2020. Ainda assim, só 48% das empresas inquiridas estão a investir no desenvolvimento de soft skills como a inteligência emocional, adaptabilidade e colaboração, segundo o inquérito.