Com mais de 400 anos de história, o Convento da Cartuxa está devoluto há vários anos, à exceção da igreja desenhada por Carlos Mardel no século XVIII. A Câmara Municipal de Oeiras anunciou esta fim-de-semana que chegou a acordo com o Estado para a concessão do antigo convento por um período de 42 anos.
O protocolo com a Direção-Geral do Tesouro e Finanças será assinado em breve, depois de anos de discussão, que o autarca Isaltino Morais descrevia ao Público há algumas semanas como «uma coisa absolutamente kafkiana, não se compreende».
Agora, a autarquia compromete-se a investir um total de 7,12 milhões de euros na sua reabilitação integral, ao longo dos próximos 10 anos.
O convento está em vias de classificação pela DGPC desde o ano passado, e situa-se na Quinta de Laveiras. Foi construído para instalar os frades da ordem de São Bruno, e foi um de apenas dois conventos cartuxos em Portugal, além do de Évora.
Com a extinção das ordens religiosas em 1834, o convento ficou ao abandono, e só voltou a ter uso no início do século XX, como reformatório.
Outro caso deste modelo de concessão é a antiga Estação Agronómica Nacional, também em Oeiras, pertencente ao Estado, e cedida à autarquia no ano passado, e que está atualmente em obras, recorda o mesmo jornal.