Luís Pedro Martins apela «para que a famosa bazuca seja muito direcionada para o turismo. Não só para um setor que é, eventualmente, um dos mais prejudicados de todos, mas também porque nós sabemos que quando este setor [turístico] recupera, consegue provocar um arrastamento muito positivo noutros setores», como os vinhos, têxtil e lar, transportes ou loiças, exemplifica.
Numa entrevista à agência Lusa, o responsável alertou que a situação que se vive no setor é «dramática», e que a maior parte dos empresários teve de procurar ajuda para a sua tesouraria. «Eventualmente, e infelizmente, muitas empresas não conseguirão sobreviver a este tempo tão longo de pandemia», antecipa.
O responsável acredita que se fala pouco do direcionamento da chamada “bazuca” europeia para o setor do turismo, e recorda que há setores praticamente parados desde março de 2020, como as agências de viagem, empresas de animação turística ou o turismo de negócios e a hotelaria das grandes cidades, como o Porto. E considera que só a ajuda europeia poderá ajudar no combate à crise no setor.
O Negócios recorda que os fundos do plano de recuperação europeu poderão começar a chegar às empresas em maio ou junho deste ano, segundo as estimativas da secretária de Estado dos Assuntos Europeus e coordenadora operacional da presidência portuguesa da União Europeia, Ana Paula Zacarias.