Estas variações agravam as performances homólogas de -53% e -53,4% registadas em setembro. Ao mesmo tempo, as dormidas de residentes diminuíram 21,7% (-8,6% em setembro), e as de não residentes desceram 76,4% (-71,8% em setembro).
Só as dormidas da hotelaria, que representam 79,1% do total, registaram uma descida homóloga de 65,3%. As dormidas nos estabelecimentos de alojamento local (16,1% do total) diminuíram 58,2%, e as do turismo em espaço rural e de habitação desceram 24,6%. Nos hostels, a descida das dormidas foi de 67,1% em outubro, num total de 17,7% das dormidas em AL e 2,8% do total de dormidas nos estabelecimentos de alojamento turístico.
Consequência da quebra do turismo, os proveitos totais dos alojamentos registaram uma variação de -67,7% (-59,1% em setembro), num total de 126,2 milhões de euros. Os proveitos de aposento ficaram-se pelos 90,7 milhões de euros, diminuindo 68,7% face a outubro do ano passado.
Em outubro, o RevPar do conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico situou-se nos 18 euros, menos 64,2% que no ano passado, um acentuar da variação de -54,2% de setembro. A variação foi de .66,4% na hotelaria e de 58,3% no alojamento local.
Todos os principais mercados emissores registaram descidas expressivas em outubro, face ao ano passado. Os mercados chinês e norte-americano registaram uma descida de 95,7%, enquanto que o canadiano desceu 94,9%, e o irlandês 92,6%. O espanhol desceu 50,4% e o francês 58,1%. No acumulado desde janeiro, todos os mercados registaram descidas superiores a 60%, especialmente o irlandês (-89,9%), norte-americano (-86,8%) e chinês (-80,5%).
De acordo com os números do INE, no mês em análise 32,1% dos estabelecimentos de alojamento turístico estavam encerrados ou não receberam qualquer hóspede (25,9% em setembro).
Dormidas de residentes sobem no Algarve
Em outubro, todas as regiões registaram diminuições do número de dormidas, um comportamento mais suave no Alentejo (-29,4%), e no Centro (-49,3%). As maiores reduções aconteceram na zona de Lisboa (-76,7%), no Algarve (-63,7%) e nos Açores (-61,4%).
No acumular do ano, as regiões que registaram menores diminuições no número de dormidas foram o Alentejo (-35,7%), Centro (-50,5%) e Norte (-56,8%). Em sentido contrário, as maiores reduções verificaram-se nos Açores (-71,8%), AM Lisboa (-69,9%) e Madeira (-66.4%).
O Algarve destaca-se por ter registado a única subida do número de dormidas de residentes em outubro, com um aumento homólogo de 3,7%, que, segundo o INE, «poderá ter estado relacionado com a realização de um evento desportivo neste mês na região».