A DILS entrou em Portugal há pouco mais de seis meses com a promessa de fazer acontecer muitos e bons negócios, através de uma abordagem disruptiva ancorada em relações de proximidade e na inovação tecnológica. Assumindo-se um “smart-player”, ainda que o mercado residencial tenha sido a porta de entrada – com a aquisição da Castelhana- , o objetivo é ser uma referência também no imobiliário comercial, chegando ao final de 2024 com um potencial de negócios de mais de 560 milhões de euros só na área do investimento.
De origem italiana, “a DILS é uma história de empreendedorismo muito ousada e feliz, criada por alguém muito apaixonado por este setor [Giuseppe Amitrano] e que tem o sonho de criar um novo smart-player neste mercado, mais ágil e com uma forte componente digital e tecnológica, que seja uma verdadeira plataforma europeia”, conta Pedro Lancastre, CEO e partner da empresa em Portugal. Nascida oficialmente em 2021, “a DILS é uma marca pensada para ser internacionalizada, mas que antes se estabeleceu como líder destacada em Itália tanto no setor comercial como residencial”, tendo por trás e “investidores que são os próprios managers dos países onde está presente, o CEO e fundador e também alguns family offices italianos e internacionais”, explica. A internacionalização arrancou em 2023, para os Países Baixos, e seguiu em 2024 para Portugal, sendo que o objetivo, numa primeira fase, é estar presente em sete países. Espanha será o próximo destino, em 2025, seguindo-se depois França, Alemanha e Polónia.
No nosso país, “embora tenhamos começado com uma operação na área residencial já muito consolidada, pois a Castelhana tem um histórico de 25 anos como operador de referência no lançamento de novos empreendimentos em Lisboa, Porto e Cascais e tinha já uma equipa de 85 pessoas, arrancámos praticamente ao mesmo tempo com a área de commercial real estate, numa lógica de start-up. Começámos do zero e neste momento já temos uma equipa de 35 pessoas totalmente dedicadas aos diferentes segmentos comerciais, com todos os diretores já colocados”, adianta Pedro Lancastre. A estrutura da DILS organizar-se-à em torno destas duas grandes áreas de negócio, que a prazo se perspetiva que contribuam em partes iguais para a atividade em Portugal; com o residencial a ser liderado por Patrícia Barão e o comercial por Fernando Ferreira, que se juntaram a Pedro Lancastre como partners.
“O balanço destes primeiros seis meses é muito positivo, e temos sido muito bem acolhidos pelo mercado” garante Pedro Lancastre. “Estou neste mercado há 25 anos e não me recordo de ter surgido um concorrente internacional novo neste setor. E, por isso é normal que possa haver alguma curiosidade e agitação quando surge um novo player num setor tão consolidado e concorrencial, ainda para mais quanto se trata de uma marca que ainda não é tão conhecida por cá”, reconhece Pedro Lancastre. “Sabemos que é uma marca que está a ser lançada num mercado novo e que, obviamente, tem de provar o seu valor ao mercado e aos nossos potenciais clientes. Mas, até aqui o feedback tem sido muito bom pois, se por um lado temos muitos players com quem a nossa equipa já trabalhou de forma bem-sucedida no passado e que já manifestaram a sua vontade de continuar a trabalhar connosco; por outro lado também temos alguns players internacionais que já tiveram oportunidade de trabalhar com a DILS noutros mercados e que querem repetir a experiência. Por isso, para já sentimos que estamos a ser muito bem recebidos!”.
Isto é prova que “são as pessoas que fazem as empresas”, como nota Patrícia Barão, sublinhando que “embora a DILS seja se facto uma empresa nova em Portugal, também não podemos ignorar que conta com uma equipa constituída por pessoas especializadas e com uma longa experiência no mercado e que e todas têm as suas ligações”.
Olhar para o mercado com uma perspetiva de futuro
Partilhando o seu entusiasmo com este novo desafio, Patrícia Barão conta à VI que o lançamento da DILS em Portugal “é um projeto que nos anima e que faz pensar no mercado do futuro, pois propõe uma nova abordagem ao mercado, trazendo alguma disrupção e uma base tecnológica muito forte. E o que sentimos é que as pessoas com quem já trabalhámos sentem curiosidade e querem ouvir-nos para saber o que podemos trazer de novo ao mercado, como é que podemos introduzir esta componente de inovação tecnológica num mercado que, afinal, há tantos anos que trabalha da mesma forma. E, ao final do dia o feedback é altamente motivador, pois querem trabalhar connosco”, conclui.
“Apesar de poder haver uma certa desconfiança inicial, que é normal quando há mudança; toda esta novidade também desperta curiosidade. E, apesar de todos já estamos no mercado há muito tempo, isto vem-nos colocar novos desafios, obrigando-nos a reconquistar o nosso espaço dentro do mercado. E é precisamente o que estamos a fazer”, comenta Pedro Lancastre. “Mas, no final do dia também é isso que nos motiva, pois todos somos apaixonados por este projeto e pela agilidade que a DILS proporciona, e é muito gratificante ver a reação dos clientes”, remata o partner Fernando Ferreira.
“As empresas são feitas de pessoas”
Guiando-se pela premissa que as “as empresas são feitas de pessoas”, a captação de talento foi, aliás, uma das grandes prioridades da DILS Portugal desde o primeiro momento, reconhecem os partners. “Conseguimos reunir as pessoas que entendíamos fazer parte do projeto, e a energia da nossa equipa é fantástica. Fazemos parte de uma marca que tem a ambição de crescer na Europa e, embora tenhamos entrado em Portugal através da aquisição de uma empresa com 25 anos de experiência, também temos o espírito de uma start-up na área comercial. E o facto é que estamos no caminho certo, pois o mercado tem validado o nosso trabalho. Tanto que só entre mandados para venda e compra de imóveis para clientes e advisory, estamos já a acompanhar um volume de transações de imobiliário comercial na ordem dos 560 milhões de euros; o que é um número muito significativo para uma empresa que se está a lançar e que só é possível pela qualidade das nossas pessoas e pela confiança que os nossos clientes lhes depositam”, afirma Fernando Ferreira.
O responsável frisa ainda que “quando souberam da decisão da DILS entrar em Portugal e que faríamos parte da sua equipa, alguns investidores internacionais deram-nos os parabéns. Pois, tinham tido uma experiência tão positiva em Itália que, o que mais desejavam era que, com as nossas pessoas, conseguíssemos incorporar em Portugal aquilo que de bem se faz bem por lá. Além disso, temos também muitos clientes que estão a chegar até nós por via de Itália e aos quais tínhamos muita dificuldade em chegar no passado, e que se tratavam de investidores que não conheciam bem o mercado português mas que, por confiarem na DILS, estão agora a apostar nas oportunidades que lhes apresentamos por cá”.
Olhando em diante, “estamos otimistas quanto a 2025. Não só os investidores institucionais com quem trabalhamos mostram-nos que Portugal é um destino onde querem investir, como também voltamos a ver os investidores nacionais com outra robustez para poder fazer aquisições. Portanto, , acreditamos que 2025 vai ser um bom ano para o investimento, em que não só vamos continuar a assistir a um forte dinamismo da procura por ativos de retalho e hoteleiros, como também é possível que assistamos a um reavivar do interesse por escritórios”, adianta o partner da DILS.
Na área residencial, ainda que o ponto de partida seja bastante diferente, o balanço é igualmente positivo. “A Castelhana é uma empresa com provas dadas no setor e líder na comercialização de empreendimentos e projetos novos. Basicamente entrámos com uma empresa que já estava a funcionar muitíssimo bem a nível de negócio, com um portfólio muito consolidado em Lisboa, Porto e Algarve. Portanto, o nosso objetivo é dar continuidade a esse bom trabalho e crescer onde identificamos oportunidades, nomeadamente aumentando o número de projetos em carteira e crescendo noutras localizações pois sabemos que os promotores estão a olhar para projetos fora dos grandes centros urbanos e queremos crescer com eles. E queremos também chegar a um novo segmento, incorporando também uma oferta de imóveis avulso para o nosso portfólio atual”, explica Patrícia Barão. Além disso, acrescenta a partner e Head of Residential, “queremos também introduzir o tema da tecnologia e as vantagens das novas plataformas, de forma a criarmos uma experiência mais apelativa quer para o cliente, quer a nível interno, para os nossos consultores que, assim, podem ser mais ágeis na forma como interagem com o cliente”. A abertura de uma nova loja da DILS no Estoril e a mudança da atual loja do Porto para uma nova morada serão os próximos passos.
“Somos todos DILS”
Uma das alterações na forma de trabalhar aportadas pela DILS é que “quer sejam especializados em residencial ou nas diferentes áreas do comercial real estate; todos os nossos brokers poderão apresentar qualquer imóvel que tenhamos em carteira. Ou seja, queremos mudar o paradigma daquilo que existe por cá na área comercial e, embora tenhamos especialistas, acima de tudo vamos todos ser DILS, pois não queremos limitar o potencial dos nossos colaboradores e do serviço que vão prestar aos clientes. Vamos potenciar as oportunidades de negócio e, como tal, criar as condições para que os nossos brokers tenham acesso à informação de mercado que precisam para poder apresentar da melhor forma os produtos disponíveis, seja, no residencial, de escritórios, logística ou comércio. Pois, no final de contas quem fica a ganhar são também os nossos clientes”, realça Fernando Ferreira. “Nesta ótica, o nosso escritório central, que abrirá portas no final do 1º trimestre de 2025 na zona do Saldanha, em Lisboa, vai albergar não só as equipas da área de comercial real estate, mas também da área residencial No fundo, vamos ter uma casa única para todos, para que haja mais interação e cross selling”, conclui Pedro Lancastre.