O preço mediano das habitações em Portugal atingiu os 1.311 euros/m² no 3º trimestre de 2021, mais 12,2% que em igual trimestre de 2020, uma aceleração face à taxa de 6,8% registara no trimestre anterior. Lisboa destacou-se no panorama nacional com uma subida de 12,8% face a 2020, para os 3.592 euros/m².
De acordo com os números do INE, a aceleração da variação homóloga dos preços registou-se em 20 das 25 sub-regiões NUTS III analisadas, incluindo no Algarve (+10%) e na Área Metropolitana de Lisboa (+0,8%).
A variação homóloga dos preços aumentou em 8 dos 11 municípios com mais de 100.000 habitantes da Área Metropolitana de Lisboa. A capital destacou-se especialmente por ter sido o único município com mais de 100.000 habitantes a registar uma taxa de variação homóloga negativa no primeiro trimestre de 2021, de -7,9%, que passou para 1,4% no segundo trimestre, e agora para 12,8%, acima da variação do país de 12,2%. O valor registado de 3.592 euros/m² supera os 3.536 euros registados no primeiro trimestre de 2020, que era o mais elevado da série do INE.
No entanto, Vila Franca de Xira regista o maior crescimento homólogo dos preços entre os municípios com mais de 100.000 habitantes, de 18,6%. Destaque também para Cascais, com 14%, Seixal, com 13%, Oeiras, com 10% ou Odivelas, com 8,9%.
Na Área Metropolitana do Porto, Santa Maria da Feira e Gondomar foram os únicos municípios que registaram preços medianos de habitação inferiores ao nacional, e também os únicos que registaram aumento das taxas homólogas, também inferiores ao aumento nacional. O Porto registou uma subida de 3,9%, e Matosinhos de 14,1%. Esta região registou uma descida de -3,6% dos preços, face a igual trimestre de 2020.
O preço mediano da habitação transacionada fixou-se nos 1.823 euros/m² na AML, nos 1.397 euros/m² na Madeira, 1.364 euros/m² na AMP e nos 2.057 euros/m² no Algarve, que tem os preços mais elevados do país. Deste conjunto, apenas o Algarve registou um crescimento homólogo superior ao nacional, de 13,9%.
Destaque também para as subidas acentuadas dos preços do Alentejo Central (17,1%), Cávado (13,1%) e Oeste (12,6%).