A Santa Casa da Misericórdia do Porto quer criar cerca de 100 fogos na cidade a preços acessíveis, a disponibilizar no âmbito do programa 1º Direito e Programa de Arrendamento Acessível.
Para operacionalizar a Estratégia Local de Habitação do Porto, a autarquia submeteu uma candidatura ao 1º Direito, com vista a um acordo de colaboração entre o IHRU e o município, que prevê o realojamento de 1.740 famílias que vivem atualmente sem condições. Durante a reunião de câmara desta semana, o vereador do Urbanismo, Pedro Baganha, comentou que «no documento da Estratégia Local de Habitação identificamos como potenciais recetáculos do investimento a Santa Casa da Misericórdia do Porto porque achamos que fazia sentido». São fogos que «têm um destinatário, não são construídos em abstrato».
Está prevista a construção de cerca de 80 habitações de raiz, e a reabilitação de outros 20 fogos, atualmente quase todos devolutos. A SCMP vai disponibilizar estas 100 habitações em vários pontos da cidade, em função da localização dos seus imóveis.
Um desses edifícios já está identificado, e trata-se de um prédio devoluto na esquina da rua de Monsanto com a Praça 9 de Abril, em Paranhos, que entra em obras já em setembro. Será concluído dentro de 2 anos, dando origem a vários apartamentos (maioritariamente) T2.
Outros edifícios deverão ser construídos nas ruas de Oliveira Monteiro (Boavista), Dr. Alberto Aguiar (Corujeira), dos Bragas (Cedofeita) e Marques Marinho (Paranhos), cita a mesma fonte.
Já os edifícios a reabilitar situam-se nas ruas de Costa e Almeida, junto à antiga esquerda da PSP, (Campo Lindo), e Conde de Ferreira, por detrás da Avenida Rodrigues de Freitas (Bonfim) e também nas Escadas do Codeçal (traseiras do jardim da Cordoaria).
Citado pelo Público, o provedor da SCMP, António Tavares, comenta que «habitação é o principal problema da cidade e a Santa Casa, enquanto instituição, está disponível para ajudar na promoção de soluções habitacionais e, ao mesmo tempo, aumentar a oferta de habitação para arrendamento a preços compatíveis com os rendimentos das famílias».