A rendas da habitação já desceram 6% em Portugal Continental desde o início da pandemia, revela esta segunda-feira a Confidencial Imobiliário.
Entre o primeiro trimestre de 2020 e o primeiro trimestre de 2021, as rendas desceram 18% em Lisboa, e 8% no Porto, taxas de variação homóloga que foram apuradas no âmbito do Índice de Rendas Residenciais da Ci, que monitoriza o comportamento do mercado de arrendamento residencial, tendo por base as rendas dos novos contratos realizados.
Na generalidade do país, a descida das rendas agravou-se expressivamente face aos -0,7% registados no final de 2020, quando o indicador entrou em terreno negativo pela primeira vez em mais de 6 anos. Em termos trimestrais, a descida foi de 2,6%, consolidando quatro trimestres consecutivos de descidas.
Lisboa foi o mercado que arrancou o ciclo de descidas. A quebra homóloga de -18% agrava a descida de -16,8% registada no final do ano passado, e a variação trimestral atinge os 3,7%, a quinta consecutiva, com contrações em cadeia de -2,3% a -6,9%.
Já no Porto, a descida homóloga das rendas no primeiro trimestre deste ano foi também mais forte que a observada no final do ano passado, quando o indicador atingiu os -4,5%. As rendas desceram 3,2% face ao trimestre anterior, variação idêntica à registada no último trimestre de 2020. É o terceiro trimestre consecutivo de descida das rendas no Porto.
Segundo o SIR-Arrendamento da Ci, as rendas das casas em Portugal apresentavam um valor médio de 9,4 euros/m² nos contratos realizados no primeiro trimestre deste ano, ascendendo aos 12,2 euros/m² em Lisboa e aos 10 euros/m² no Porto.