A atual conjuntura que atravessamos vai obrigar a mudar prazos, por exemplo, na habitação e nas residências de estudantes. No âmbito do PRR, o secretário de Estado do Planeamento, Eduardo Pinheiro, confirmou ao Público (citado pelo Negócios) que o Governo poderá precisar de 2.000 milhões de euros adicionais.
Deve-se sobretudo aos custos acrescidos com a inflação que deixou concursos vazios, a somar ao reforço de quase 4.000 milhões aquando da consulta pública da proposta de atualização do PRR.
Neste sentido, Portugal vai pedir mais tempo e dinheiro a Bruxelas para as grandes obras do Plano de Recuperação e Resiliência. O PRR final poderá ultrapassar assim os 22 mil milhões de euros.
Tarefa mais árdua do que pedir dinheiro, dado que Portugal está longe de esgotar os 14.200 milhões de euros, será renegociar o calendário dentro do prazo limite de 2026, escreve o Público esta sexta-feira.
Eduardo Pinheiro explicou que está em curso um «levantamento» que «já decorre há alguns meses, com as várias áreas governativas e com os beneficiários intermediários» para reunir provas da existência de «razões objetivas» que impedem o cumprimento do calendário inicial.