O setor do alojamento turístico voltou a crescer em junho de 2025, com 3,1 milhões de hóspedes (+2,5%) e 8,1 milhões de dormidas (+3,1%). Os dados divulgados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) revelam que a recuperação traduziu-se também em receita: os proveitos totais ascenderam a 751,8 milhões de euros e os de aposento a 583,4 milhões, refletindo subidas de 7,6% e 7,9%, respetivamente.
O aumento das dormidas foi impulsionado sobretudo pelos residentes, que totalizaram 2,4 milhões de dormidas (+5,8%, após +5,6% em maio). Os não residentes também retomaram a trajetória de crescimento, com 5,7 milhões de dormidas (+2,0%), invertendo a ligeira quebra registada no mês anterior. O rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se em 89,5 euros (+5,4%) e o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 137,4 euros (+4,9%).
Os 10 principais mercados emissores, em junho, deram origem a 76,5% do total de dormidas de não residentes, com o mercado britânico a manter a liderança (20,3% do total das dormidas de não residentes em junho), apesar de registar um decréscimo de 1,0% face ao mês homólogo (+1,6% em maio).
As dormidas do mercado alemão, o segundo principal mercado emissor em junho (11,3% do total), registaram um crescimento de 9,0% (-7,1% em maio). Seguiu-se o mercado norte americano, na terceira a posição (quota de 11,0%), com um crescimento de 5,5% (+6,3% em maio). No grupo dos 10 principais mercados emissores em junho, destacou-se ainda o crescimento apresentado pelo mercado canadiano (+7,7%). Nos decréscimos, destacaram-se as variações dos mercados francês (-8,2%) e brasileiro (-7,5%).
Alentejo e Norte destacam-se com os maiores crescimentos das dormidas
Em junho, todas as regiões apresentaram aumentos das dormidas, tendo os maiores crescimentos ocorrido no Alentejo (+9,6%) e no Norte (+6,6%). Nas regiões da Grande Lisboa (+0,1%) e da RA Açores (+0,7%) os crescimentos foram mais modestos. O Algarve concentrou 29,4% do total de dormidas, seguindo-se a Grande Lisboa (21,9%).
Algarve foi a região que mais contribuiu para a globalidade dos proveitos
O Algarve foi a região que mais contribuiu para a globalidade dos proveitos (29,0% dos proveitos totais e 28,2% dos proveitos de aposento), seguida da Grande Lisboa (27,4% e 28,9%, respetivamente) e do Norte (15,9% e 16,1%, pela mesma ordem). Os aumentos mais expressivos de proveitos ocorreram na RA Madeira (+17,7% nos proveitos totais e +20,0% nos de aposento) e no Norte (+12,2% e +11,4%, pela mesma ordem). A Grande Lisboa apresentou os crescimentos mais modestos (+1,1% nos proveitos totais e +1,2% nos relativos a aposento).