Esta é uma das principais conclusões de um estudo recente da Savills, segundo o qual é a escassez de espaço disponível que está a motivar esta procura. Os investidores mais "oportunísticos" procuram imóveis para reabilitar, que possam voltar a colocar no mercado para arrendamento ou venda, e aumenta a procura por espaços flexíveis em toda a Europa, um segmento que registou, no ano passado, 687.000 m² ocupados até ao 3º trimestre, mais 15% que no ano anterior.
No ano passado, terão sido colocados no mercado europeu 9,2 milhões de metros quadrados de escritórios, menos 4% que o volume registado em 2018. As taxas de desocupação dos CBDs europeus passaram de uma média de 6,1% para 5,4% nos últimos 12 meses.
Alexandra Gomes, Senior Analyst da Savills Portugal afirma que «a falta de espaços disponíveis de qualidade e com áreas destinadas, em particular, a grandes ocupantes, tem sido um dos maiores desafios colocados ao mercado de escritórios de Lisboa, que também à semelhança dos restantes mercados europeus, tem tido um comportamento muito resiliente e positivo».
Mike Barnes, Associate, European Research, Savills, explica que «a combinação de um bom nível de procura com taxas reduzidas de disponibilidade contribuiu para um crescimento acelerado do arrendamento em 2019. Para 2020 é expectável que os arrendamentos de escritórios prime aumentem em média 2% nas cidades analisadas».
Já Jeremy Bates EMEA Head of Occupational Markets da Savills, acrescenta que «os escritórios flexíveis continuarão a crescer à medida que o 'space-as-a-service' se torna mais popular nos mercados europeus. Prevemos que exceda 13% da procura total de escritórios em 2020, embora esperemos ver mais proprietários a criarem a sua própria oferta operacional».