Os números resultam essencialmente do crescimento da procura por parte das empresas multinacionais, que encontram no Porto «recursos humanos com o know-how adequado, custos de trabalho competitivos, aliados a uma boa qualidade de vida e ainda valores atrativos para investimento na região», segundo a Predibisa.
De acordo com os dados reunidos pela consultora, no primeiro trimestre foram fechadas 13 operações de colocação de escritórios no Grande Porto, o mesmo número registado no período homólogo. Mas a superfície média contratada por transação passou de 347 m² para 1.117 m² este ano, variação que decorre de três operações acima dos 3.000 m² registadas este ano.
Até março, o CBD da Boavista registou metade das transações registadas e 44% da área colocada. A Baixa registou apenas uma transação e 2% da área colocada.
A maior parte da procura foi motivada pelo setor das TMT’s & Utilities, que representaram 31% das transações, e pelo setor dos Serviços Empresas, com um total de 23%. A maior parte da área foi colocada pelo motivo de expansão de área de escritório, num total de 46% do take up.
Só a Predibisa foi responsável pela colocação de 10.969 m² de escritórios neste período, cerca de 72% da área total absorvida.
Graça Ribeiro da Cunha, responsável da Predibisa para a área dos Escritórios, refere em comunicado que «tendo como referência os dois últimos anos onde se registou níveis de colocação de escritórios extraordinários para o Porto, o primeiro trimestre de 2020 revelou-se com a semelhante continuidade tendo em conta tudo o que o Porto tem de bom para oferecer às empresas».
No entanto, tudo pode mudar com a emergência sanitária da Covid-19: «agora deparamo-nos com uma incerteza para os restantes meses do ano que só o tempo nos dirá, embora já com a certeza que as multinacionais continuam com os seus projetos de expansão anteriormente decididos e a avançar com os mesmos, embora a um ritmo mais lento e cauteloso».