A CBRE Portugal apresentou esta quinta-feira, dia 17 de outubro, o Porto Property Pace 2024 com as principais tendências do mercado imobiliário no Porto. A análise feita pela consultora apresenta o Porto aos investidores como «um mercado incontornável», afirmou Francisco Horta e Costa, Diretor Geral da CBRE Portugal, sublinhando a dinâmica do Porto e da região Norte na economia nacional, como um todo, e no imobiliário, em particular.
Esta dinâmica reflete «um novo Porto», comentou Ricardo Valente, Vereador da Câmara Municipal do Porto. «Construir uma estratégia de sucesso passa pela resiliência e no Porto temos procurado seguir esse caminho», disse. Perante uma plateia de profissionais do setor do imobiliário, o Vereador da Câmara Municipal do Porto sublinhou o impacto do investimento privado na sustentabilidade da cidade. «A dimensão imobiliária é fundamental na evolução da cidade. E devemos ouvir quem está no terreno, porque os privados ajudam a construir território».
Falta produto em escritórios, industrial e logística...
«O Porto como um epicentro», foi assim que José Maria Moutinho, Associate Director da CBRE Portugal descreveu o efeito da cidade sobre as áreas envolventes. Algo evidente no turismo: «o turismo do Porto induziu o turismo de todo o norte». E quem visita o Porto «reconhece um local bom para visitar, mas também para viver, trabalhar e investir», explicou apontando o «crescimento expressivo» do mercado residencial. «É um trajeto de grande valorização. E se nos passam a ideia de que isto é um problema, a verdade é que a maioria das pessoas é proprietária da sua habitação».
«A subida de preços tem um duplo efeito, mas é favorável à maioria da população», assinalou José Maria Moutinho, Associate Director da CBRE Portugal
Sobre o mercado de escritórios do Porto, a análise da CBRE revela «um Porto consistente e que traz confiança aos investidores», disse Ana Moura, Consultant CBRE | Advisory & Transaction Offices da CBRE Portugal. Além de Portugal não ter sentido a debandada dos escritórios pós pandemia que foi sentida em outros países, o mercado de escritórios do Porto, em particular, é um mercado jovem e que por isso tem «um enorme potencial para crescer», sublinhou André Almada, Senior Director da CBRE Portugal. As expectativas apontam para que 2024 supere 2023 e que 2025 seja ainda melhor no que diz respeito ao mercado de escritórios.
Também os setores industrial e de logística reservam boas oportunidades de investimento. De acordo com a análise feita o nearshoring será a tendência da próxima década e o Porto está unicamente posicionado para acolher a onda de nearshoring e I&L que já se sente.
No Porto o comércio de rua é estrela, com uma «excelente dinâmica», comentou Carlos Récio, Senior Director A&T Services Retail da CBRE. Santa Catarina, o Eixo Mouzinho/Flores, os Clérigos e os Aliados zonas de comércio por excelência «sentem alguma expansão através de projetos inovadores como o HOP, a reabilitação do Mercado do Bolhão e o Bonjardim».