Os números são do Índice de Preços Residenciais (IPR) apurado pela Confidencial Imobiliário, que monitoriza os preços de venda de 278 concelhos do país. Mostram que são estes os mercados que mais valorizam em todo o país, concentrando 15 dos 21 concelhos nacionais onde a subida homóloga dos preços das casas no trimestre ultrapassou os 15%, entre os quais Montijo, Barreiro e Alcochete, na margem Sul do Tejo, e Mafra, a norte de Lisboa. Foram estes os 4 mercados onde as casas ficaram mais caras no 3º trimestre, todos eles com variações de cerca de 25%.
Este resultado mais que duplica os 9,7% registados em Lisboa, onde o crescimento tem vindo a desacelerar desde 2018, estabilizando agora no patamar dos 9%.
Destaque ainda para as fortes subidas de Almada, Sesimbra, Amadora, Moita, Seixal, Sintra e Setúbal, com variações entre os 24,9% e os 20%, por esta ordem. Já Oeiras, Odivelas, Vila Franca de Xira e Palmela registam variações homólogas entre os 17,7% e os 15,9%. Apenas Lisboa, Cascais e Loures tiveram crescimentos abaixo desse patamar.
Os restantes 6 concelhos onde os preços sobem acima dos 15% situam-se na Área Metropolitana do Porto, sendo que a Invicta continua a registar uma forte subida de 23,8% (ainda assim menos que os 32,9% registados no final de 2018).
Matosinhos viu o preço das casas subir 25% no 3º trimestre, e é agora o concelho da região onde os preços mais sobem. Mas a Ci destaca também Vila do Conde, Póvoa de Varzim e Espinho, todos com variações entre 21,9% e 18,7%, além de Valongo, onde a subida ficou em 15,3%. Nos restantes mercados metropolitanos monitorizados pelo IPR, Gondomar registou uma subida dos preços de 14,3%, seguido de Gaia (11,4%) e Maia (10,6%).
De acordo com este índice, em 37% dos concelhos a subida dos preços da habitação foi inferior a 5% no trimestre analisado. Noutros 28% a subida fixou-se entre os 5% e os 10%, quando um ano antes 50% dos concelhos valorizavam entre os 5% e os 10%. Este ano, foram 61 os concelhos a valorizar acima dos 10%, que comparam com os 90 de igual período de 2018.