Outubro confirma recuperação no mercado de escritórios

Outubro confirma recuperação no mercado de escritórios

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De acordo com a última edição do Office Flashpoint da JLL, o mercado de escritórios de Lisboa registou uma absorção de 43.600 m² em outubro, impulsionando para 124.250 m² a absorção acumulada de 2021. Um resultado que significa que a atividade já supera em 9% o nível registado em igual período do ano passado e que, a dois meses do final do ano, o mercado está apenas a 13.600 m² de igualar o take-up total de 2020.

Entretanto, a norte, o Porto também continua em rota de recuperação. Com uma ocupação de 5.800 m² em outubro, a absorção acumulada nos primeiros dez meses de 2020 soma os 39.600 m², ficando agora apenas 4% abaixo do registado no período homólogo.

A análise do Office Flashpoint da JLL explica que esta ocupação mensal registada em Lisboa foi influenciada por uma operação atípica: a tomada de 30.000 m² pela Câmara Municipal de Oeiras no Corredor Oeste, em formato de owner-occupation. Consequentemente, a zona 6 foi o eixo mais ativo do mercado, concentrando 87% da absorção mensal na região de Lisboa, tal como o setor “Estado, Europa e Associações” dominou a procura, captando uma quota de 72% da área ocupada.

Em outubro foram concluídas 14 operações de ocupação de escritórios na região de Lisboa, resultando numa área média por operação de 3.144 m². Destaque ainda para o facto de cinco das operações envolveram áreas superiores a 1.000 m² e de maioria dos negócios (11) corresponderem a pré-arrendamentos. A equipa de Leasing Markets Advisory da JLL atuou em quatro destes negócios, incluindo um pré-arrendamento de uma área de mais de 5.500 m², detendo atualmente uma quota de 37% no mercado da região.

Entre janeiro e o final de outubro, o Corredor Oeste foi também a zona mais procurada, com 38% da absorção acumulada, enquanto do lado das empresas ocupantes se evidenciam os setores das TMT’s & Utilities (29%) e de Estado, Europa & Associações (26%). A área média por operação no acumulado do ano ascende a 1.160 m², contabilizando-se cerca de 110 negócios.

No mercado do Grande Porto, a nota também foi positiva, ainda que noutra proporção; com a absorção mensal de outubro a ser influenciada pela conclusão de uma grande operação: a tomada de cerca de 4.100 m² pela Ascendi no CBD-Boavista (zona1). Além desta contabilizam-se outras seis transações no mercado, sendo que todas as operações do mês foram para ocupação imediata. A zona 1 foi a única com atividade durante o mês em análise, acolhendo a totalidade da área absorvida. Do lado da procura, o destaque vai para o setor “Outros Serviços”, que liderou 73% da ocupação mensal.

Em termos acumulados, são igualmente o CBD-Boavista (47% da ocupação anual) e o setor de “Outros Serviços” (38%) que predominam no Grande Porto. Até ao final de outubro de 2021 contabilizam-se 45 operações, com uma área média por operação na ordem dos 900 m², em linha com a área média apurada para o mês de outubro.

«Outubro revelou-se um mês bastante positivo para o mercado de escritórios, evidenciando uma vez mais uma forte recuperação da atividade. De tal forma que Lisboa, que terminou o 3º trimestre com uma quebra de 20% face a 2020, está agora já 9% acima dos níveis do ano passado. No Porto, o mercado também segue no bom caminho e o gap anual voltou a encolher, passando de -11% no final do 3º trimestre para os atuais -4%. Realço ainda que há uma procura efetiva com necessidades imediatas, como se pode ver pelo número de operações que são para tomada imediata do espaço, a par de uma procura que está disposta a garantir o seu espaço para ocupação futura. São indicadores muito animadores para o setor e aos quais a oferta deve estar atenta», conclui Mariana Rosa, Head of Leasing Markets Advisory da JLL.