«Estamos preparados para por as caterpillars a trabalhar já no mês de abril», afirmou o chairman da ANA – Aeroportos de Portugal, José Luís Arnaut, durante o webinar “Haverá retoma sem transporte aéreo?”, organizado esta semana pelo Económico, em parceria com a agência BDC.
Para o gestor, o Montijo está «iminente» e é um fator «de relançamento económico», numa altura em que a situação do Aeroporto Humberto Delgado «está longe de estar estabilizada». O Montijo é uma oportunidade para robustecer a aviação comercial portuguesa, considera. E garante que «estamos inteiramente disponíveis para começar a obra no Montijo».
Arnaut recorda que o Montijo será necessário em 2025 ou 2026 «para evitar os constrangimentos que vivemos em 2019. Atingimos picos de 59 milhões de passageiros […]. Por isso perspetivamos desenvolver o aeroporto do Montijo», cita o Económico.
Afirmando não entender como é que a discussão sobre a nova infraestrutura aeroportuária ainda não está fechada, apelou à Autoridade Nacional de Aviação Civil, ao Governo e a «a todos os que têm responsabilidades no futuro do país» para que nos próximos 5 a 6 anos o Montijo seja uma realidade e uma alavanca do crescimento económico.
«Estamos aqui para investir, apesar das adversidades […]. Sabemos que há obstáculos de algumas câmaras municipais por razões de ordem política. Mas nós estamos disponíveis e vamos apresentar, oportunamente, o dossiê na ANAC». E remata que a ANA tem pareceres que indicam que as autarquias não podem «obstruir um projeto nacional» por razões que não sejam do interesse público.