O Novo Banco é agora acionista das empresas imobiliárias criadas por Luís Filipe Vieira, em resultado da conversão dos Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis em capital da Promovalor e da Inland, num total de 160 milhões de euros.
Este é o valor em dívida das promotoras imobiliárias ao banco. Com esta operação de conversão de dívida em ações, o Novo Banco entra no capital das promotoras que têm atualmente capitais próprios negativos de cerca de 200 milhões de euros.
No caso da Promovalor, foram convertidos 90 milhões de euros em VMOC em dezembro. O Novo Banco passa a controlar 67% da empresa. Na Inland, foram convertidos 70 milhões de euros, o que tornou o banco no seu acionista maioritário.
O Eco, que avança a notícia, recorda que este não era o desfecho desejado pelo Novo Banco ou pelo Fundo de Resolução, já que o banco passa a ser acionista de duas empresas com capitais próprios negativos.
Em agosto passado, o Fundo de Resolução autorizou a negociação do prolongamento da maturidade dos VMOC entre Novo Banco e o grupo de Luís Filipe Vieira. Na altura, o fundo alertava que a entrada na estrutura acionista «implicará a consolidação dessas entidades no balanço do Novo Banco, o que provoca um impacto negativo na posição de capital».