A ERA Portugal vendeu 2.787 imóveis no terceiro trimestre deste ano, um crescimento de 0,5% face ao trimestre anterior. Segundos os dados divulgados pela rede imobiliária, os negócios efetuados nos últimos três meses evidenciam um crescimento, ainda que tímido, face ao trimestre anterior.
Os principais indicadores mostram um crescimento dos negócios reportados, mas um ligeiro decréscimo no volume de faturação. Registou-se uma uma subida de +0,5% em número de imóveis vendidos e de 1,1% no volume dos negócios transacionados (416.531 850 euros).
Apesar desta evolução positiva na análise trimestral, ambos os indicadores ainda ficam aquém quando comparados com o período homólogo (-5,4% em número de negócios e -7,5% em relação ao volume).
Quanto ao valor do ticket médio dos imóveis vendidos continua a aumentar, apesar de estar a desacelerar. No 3º trimestre, o crescimento verificado foi de +1,5% face ao 2º trimestre e +0,1% na comparação com o mesmo período de 2022. O tempo médio de venda ronda os 96 dias, considerando os imóveis angariados este ano, refere a ERA.
A faturação registada no trimestre em análise mostra um ligeiro decréscimo -2% face ao trimestre anterior (21.741.986€). No entanto, há a destacar um sinal positivo do mercado com julho e agosto a evidenciarem um crescimento na faturação de +11% e +2% respetivamente.
Rui Torgal, CEO da ERA Portugal, salienta que «o contexto económico ao longo deste ano tem sido incerto e por isso desafiador para o imobiliário. No entanto, o setor tem provado ser resiliente e os números da nossa operação evidenciam uma certa estabilização que, creio, pode vir a consolidar-se até final do ano».
A oferta disponível continua a ser muito limitada e esta realidade traduz-se em mais uma quebra nas angariações. No 3º trimestre foram conseguidas 8912 angariações, o que representa um decréscimo de -10% face ao trimestre anterior. Apesar disto, ainda se verifica uma subida de 4% na comparação com o período homólogo.
No que diz respeito aos clientes, a ERA Portugal registou um decréscimo de -8% no número de novos clientes vendedores (15.701) face ao trimestre anterior, mas um aumento de +2% no número de novos clientes compradores (72.226). Em linha com o histórico mais recente, os principais clientes da ERA neste 3º trimestre continuam a ser os portugueses. Em seguida, as nacionalidades mais dominantes são a brasileira, britânica e alemã.
«Apesar das adversidades impostas pela atualidade internacional, os dados de negócio deixam-nos otimistas para o que aí vem. Se até final do ano espero uma estabilização natural derivada pela incerteza dominante, parece-me que o próximo ano, com a inversão da tendência de subida das taxas de juro e o normalizar da inflação, deverá trazer uma nova dinâmica ao mercado», completa Rui Torgal.