A Mexto prepara-se para investir mais 20 milhões de euros em Portugal até ao final do ano, e outros 20 milhões no próximo ano.
Quem o garante é Augusto Homem de Melo, diretor de marketing e vendas da empresa, segundo o qual «mantemos o foco de investimento de forte componente residencial em Lisboa em zonas prime, mas estamos a analisar a zona costeira a sul de Lisboa até ao Algarve para projetos de segunda habitação», afirma ao Expresso.
O responsável nota um grande aumento da procura de habitação de luxo e superluxo por parte dos clientes internacionais, nomeadamente dos EUA, mas também portugueses: «há uma procura por habitações com grandes áreas, entre 200 m2 e 300 m2, mas que não são para investimento, mas sim para pessoas que querem viver em Portugal».
Focado neste mercado, mais recentemente, a empresa investiu 8,5 milhões de euros num projeto de habitação em Lisboa, o Maison Eduardo Coelho, atualmente em obras. Com 6 apartamentos T1 a T3, entre os 84 e os 268 metros quadrados, os preços variam entre os 910.000 e os 4,5 milhões de euros.
Já no segmento médio-alto, na zona da Ajuda está a desenvolver o Ajuda Garden Residences, um projeto de 40 apartamentos, além do Prior do Crato, com 20 apartamentos, e cujas obras arrancam ainda este ano. «Falamos dos valores praticados nas respetivas zonas que vão dos 5.500 aos 7.000 euros por metro quadrado», explica.
Mas a empresa assume-se também «muito atenta» ao mercado de habitação acessível, de que é exemplo o projeto O’Living, que está a desenvolver na zona dos Olivais, também em Lisboa, e cujas vendas arrancaram no início deste ano. No entanto, o aumento dos custos de construção e os preços dos terrenos tornam difícil o surgimento desta oferta: «a margem do promotor fica muito estreita ou mesmo inexistente no atual contexto». Defende que a descida do IVA para 6%, à semelhança de Espanha, «faria toda a diferença».
A Mexto soma já uma carteira de investimentos de cerca de 200 milhões de euros em Portugal, num total de 10 projetos e 242 unidades residenciais.