No primeiro semestre deste ano, a Mota-Engil registou um lucro de 49 milhões de euros, o que representa um aumento de 65%, divulgou a empresa esta quarta-feira. Além disso, a carteira de encomendas do grupo também atingiu um novo máximo.
O grupo português reportou um crescimento de 7% no volume de negócios, totalizando 2.732 milhões de euros, e uma melhoria de 12% no EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações), que subiu para 396 milhões de euros. A margem EBITDA aumentou para 15%, refletindo a melhoria na rentabilidade operacional.
A atividade de Engenharia e Construção (E&C) foi o principal motor deste crescimento, com um aumento de 7% na atividade e 13% no EBITDA, alcançando uma margem de 14%. A América Latina destacou-se como a principal região em termos de faturação e EBITDA. Outras áreas, como o ambiente, mantiveram margens robustas de 21%, enquanto os segmentos mais recentes, Mota-Engil Capital e MEXT, registaram resultados consistentes.
Em termos financeiros, a empresa liderada por Carlos Mota Santos manteve a tendência de melhoria do rácio de dívida líquida/EBITDA para 1,4x, o que compara com o rácio de 2x registado em junho de 2023, mesmo após realizar investimentos de 309 milhões de euros.
No plano comercial, a carteira de encomendas da Mota-Engil atingiu 13,7 mil milhões de euros, o que, segundo a empresa, reflete a confiança contínua dos clientes. Esta carteira inclui contratos de maior dimensão e longo prazo, concentrados principalmente em mercados como Angola, México e Nigéria, que representam uma fatia significativa do portfólio de Engenharia e Construção.
Com este desempenho, a Mota-Engil acredita estar bem posicionada para cumprir os objetivos traçados para 2024 e continuar o seu ciclo de crescimento sustentável. O grupo assegurou já em carteira 64% da faturação para 2026 no setor de Engenharia e Construção, antes mesmo de contabilizar novos contratos firmados no México e na Guiné. A empresa prevê ainda fortalecer a sua carteira com novos projetos em Portugal, África e América Latina.