De acordo com o Office Flashpoint, agora divulgado pela JLL, esta foi a absorção mensal mais elevada deste ano. O volume representa a realização de apenas 4 operações, incluindo duas com mais de 10.000 m² cada, nomeadamente a da tomada de 16.441 m² na zona 1, e de 10.406 m² na zona 7, por duas empresas do setor financeiro.
Em abril, a ocupação duplicou face ao mês anterior, num aumento de 160% face a abril de 2019. Em termos acumulados, a absorção de escritórios soma os 74.427 m² desde o início do ano, mais 40% que em igual período do ano passado. Foram concluídas 38 operações neste mercado, com uma área média de 1.959 m².
Mariana Rosa, Head of Office & Logistics Agency & Transaction Manager da JLL, comenta em comunicado que «temos que olhar com alguma cautela para o comportamento do mercado de Lisboa durante o mês de abril, o primeiro que esteve na sua totalidade sob influência da pandemia, pois é influenciado por duas operações de grande dimensão que concentraram 90% da atividade e que, apesar de serem concluídas agora, já vêm sendo negociadas há vários meses».
«Ou seja, o desempenho do mês reflete mais o culminar de um processo do que propriamente uma dinâmica real das empresas na tomada de espaço», explica a responsável, que ressalva que «de qualquer forma, se isolarmos este efeito, vemos que o mês exibiu uma operação de tomada de um edifício inteiro, o que sinaliza que o mercado não parou por completo. Diria até que este período pode trazer boas oportunidades para empresas com capacidade de reação mesmo no contexto de pandemia, ao criar um banco de oferta por inatividade da procura».