Bernardo Alabaça, diretor-geral do Património Cultural, foi exonerado do cargo pela ministra da Cultura, Graça Fonseca, por considerar que a Direção-Geral do Património Cultural está «inoperacional», revelou fonte oficial deste gabinete à agência Lusa.
Bernardo Alabaça tinha sido escolhido por Graça Fonseca em fevereiro do ano passado, em substituição da arquiteta Paula Araújo da Silva. «Tendo avaliado o desempenho do diretor-geral do Património Cultural nos últimos meses, considera [agora] pertinente e necessária a sua imediata substituição», refere a mesma fonte.
A exoneração de 25 de junho tem «efeitos imediatos», e Bernardo Alabaça é substituído interinamente pelo arquiteto João Carlos Santos, até agora sub-diretor da DGPC, que vai assumir as novas funções «até terminar o concurso da CRESAP [Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública], que se encontra a decorrer», cita o Sapo24. Este concurso esteve aberto de 2 a 17 de junho, e segue-se agora o processo de seleção faseado que decorre até à identificação dos três candidatos finais.
João Carlos Santos era um dos subdiretores da DGPC em regime de substituição desde 2013. O arquiteto tem um master em Patologia e Restauro Arquitetónico e é doutorando em arquitetura na Universidade do Porto. Integrou várias comissões, nomeadamente o Conselho Nacional de Cultura, o Conselho Diretivo do Fundo de Salvaguarda do Património Cultural e membro do Conselho Coordenador do Programa de Gestão do Património Imobiliário do Estado, e fez parte da Comissão Redatora da Política Nacional da Arquitetura e da Paisagem, entre outros.