Cristina Siza Vieira, presidente executiva da AHP, propõe uma melhor distribuição da oferta turística, e comenta em declarações ao Público que «não é uma questão de controlo, de medidas de contenção, de quotas, de proibir, é uma questão de disciplinar, regular, melhorar as acessibilidades e a mobilidade dentro desta grande área metropolitana».
Em Lisboa, por exemplo, defende a implementação de uma bilhética combinada, por forma a «encontrar mais pretextos para estender a visita para lá daquilo que é o nicho histórico». É apenas um exemplo de medidas que podem combater não só a pressão sobre a habitação, mas também contribuir para a qualidade da experiência turística. «A certa altura (…) é uma questão de a própria experiência para o turista ser uma experiência já negativa, portanto é mau para o destino, é mau para o turista e a médio prazo não há destino que aguente», defende.
Desafio é “gerir melhor as zonas onde há mais concentração”
No mesmo sentido, Eduardo Miranda, presidente da ALEP, acredita que «o grande desafio é gerir as zonas onde há mais concentração, porque pouca coisa, muito pouca coisa tem sido feita na gestão».
Este responsável aponta a gestão dos fluxos como «uma hipótese interessante», além de «horários para determinadas atrações pré-marcadas onde se distribuiu melhor o fluxo», além da criação de novas atrações turísticas. E defende o investimento na descentralização: «uma das estratégias da Entidade Regional de Turismo de Lisboa é descentralizar, é levar os turistas também para as outras áreas da própria região de Lisboa e não só em Lisboa».