Na sessão de abertura deste certame, Luís Lima, presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP) e da comissão organizadora do SIP, falou na habitação e na «dificuldade que os jovens e famílias portuguesas encontram para comprar ou arrendar casa». Uma situação que «não é novidade, mas exige ser falada, lembrada e debatida, sobretudo por quem nos governa».
Presente na ocasião, a Secretária de Estado da Habitação, Ana Pinho, lembrou que «no início desta legislatura, encontrámos a par de uma situação de crise habitacional gravíssima, uma total ausência de instrumentos e medidas de política pública de habitação» e que desde então «trabalhamos para erguer uma Nova Geração de Políticas de Habitação».
A Secretária de Estado da Habitação falava no mesmo dia em que tinham sido publicadas, em Diário da República, as três portarias de regulamentação do Programa de Arrendamento Acessível e que confere isenção de IRS ou IRC para os rendimentos decorrentes dos contratos de arrendamento ou subarrendamento habitacional celebrados no seu âmbito.
Sobre a importância da internacionalização, Luís Lima, recordou que «foi a internacionalização que salvou o setor imobiliário de uma crise que levou á quase total estagnação das empresas do setor».
Poder Local alinha com o Estado Central na promoção da habitação
Na sessão de abertura do SIP estiveram também presentes a Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, Luísa Salgueiro, o Presidente da Câmara Municipal da Maia, António Silva Tiago, o Vereador da Câmara Municipal do Porto, Ricardo Valente, e o Vereador da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, Valentim Miranda.
Para o responsável pelo Pelouro da Economia, Turismo e Comércio da Câmara Municipal do Porto, Ricardo Valente, «o problema crescente da habitação não é exclusivo do Porto ou de Portugal, nem é um problema novo». «Impõe-se sim, a necessidade de voltar a apoiar as famílias, depois de uma década de limitações», disse.
A par do impacto positivo esperado com a Nova Geração de Políticas de Habitação, «cujas oportunidades as autarquias vão certamente aproveitar», referiu a Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, destacando o Programa 1.º Direito, é necessário «ajustar os mecanismos locais às necessidades habitacionais e de urbanismo» disse, referindo a revisão do Plano Diretor Municipal de Matosinhos, cujo processo deverá estar concluído até 17 de junho.
A autarca sublinhou também «a importância que tem para a região o regresso de um salão do imobiliário ao Norte. Também o nosso território respondeu à alteração económica».
Com cerca de 130 expositores e 30 000 visitantes esperados, o SIP é o maior salão imobiliário da Região Norte e reúne profissionais do setor imobiliário, potenciais investidores e autarquias.