Este é um volume a desenvolver num horizonte de 5 anos, de acordo com o presidente da empresa, Paul Henri Schelfhout. Em declarações à VI, explica que 60% desta área diz respeito a habitação, incluindo terrenos, loteamentos, edifícios ou reabilitação urbana, em localizações tão diversas como Faro ou Oeiras.
O Caldas Terrace é o nome do mais recente projeto habitacional lançado pela Finangeste, um novo empreendimento residencial que já está em comercialização nas Caldas da Rainha, resultado de um investimento e 10,5 milhões de euros. Trata-se da recuperação de um projeto inacabado, adquirido no âmbito da compra de uma carteira de NPL, e não é o único: a Finangeste tem também em mãos outros dois projetos semelhantes também nas Caldas da Rainha e em Torres Vedras, mas não avança ainda pormenores sobre os mesmos. Escritórios, logística ou residências de estudantes estão também na mira e, principalmente, em cidades secundárias.
O portfólio é variado a nível de setores ou modelos de negócio, mas o arrendamento habitacional está fora da equação: «a única coisa que, lamentavelmente, não vamos fazer é arrendamento, ficou eliminado das nossas opções de investimento com as novas alterações legislativas», admite Paul Henri Schelfhout. «Tínhamos planeado cerca de 900 fogos para arrendamento, e depois tomamos a opção de não colocar nesse mercado. Fazemos, em alternativa, compra e venda, coliving, coworking, short term rental, ou microliving», explica à VI.
A Finangeste foi a primeira empresa de gestão de créditos em incumprimento em Portugal. Foi criada em 1978 pelo governo Português, e adquirida em 2015 por um grupo de investidores nacionais e internacionais. Hoje, tem como clientes e co-investidores alguns dos maiores private equity e outros fundos de gestão de ativos internacionais.
Nos últimos anos, adquiriu várias carteiras de crédito malparado, num ciclo de investimento começado em 2015. Na nova fase de aquisições, já comprou quatro carteiras de NPL. Neste momento, «temos assets under management avaliados pelo outstanding loan amount no valor de 1.300 milhões de euros», explica Paul Henri Shelfhout.