O volume de absorção de escritórios no mercado do Porto fixou-se nos 2.982 metros quadrados até fevereiro, mais que duplicando os resultados de igual período acumulado de 2021, mas ainda 34% abaixo do registado em 2020.
Segundo a análise que a Savills faz esta semana deste mercado, nos dois primeiros meses do ano foram registadas 7 operações de colocação de escritórios no Porto, sendo o mês de fevereiro o mais fraco.
No início do ano, a zona CBD Boavista foi a que registou maior volume de absorção, num total de 1.705 metros quadrados de escritórios ocupados, distribuídos por 3 edifícios.
Alexandra Portugal Gomes, Head of Research da Savills Portugal, comenta em comunicado que «os resultados destes dois meses demonstram a intenção do mercado em acentuar o seu crescimento que, embora tímido, começa a emitir sinais mais positivos. Apesar de ainda não se comparar aos valores de 2020, é um crescimento significativo quando comparado com o período homólogo do ano passado».
A responsável destaca ainda que «outro sinal positivo é que algumas operações provêm do estabelecimento de novas empresas do setor das tecnologias e telecomunicações na região, atestando a atratividade do mercado do Porto».
Por seu turno, Francisco Megre, Offices Consultant da divisão do Porto da Savills Portugal, afirma que «após um crescimento anual de 5% registado em 2021, os primeiros meses de 2022 demonstram sinais positivos no mercado de escritórios do Porto. As empresas procuram expandir área e as novas empresas representam uma percentagem cada vez maior dos novos ocupantes».
No entanto, «a falta de oferta tem limitado a tomada de decisão por parte de grandes empresas. Contudo, face aos projetos em curso no Grande Porto, prevê-se um aumento substancial do mercado de escritórios com a respetiva qualidade de construção e sustentabilidade associada», conclui.