Em janeiro foram colocados 13.300 metros quadrados de escritórios no mercado de Lisboa, uma absorção quase 7 vezes superior aos 1.991 metros quadrados ocupados em janeiro de 2021.
Segundo os dados do LPI analisados pela Savills, este volume de absorção representa uma subida de 41% face a janeiro de 2019, e uma descida de 6% face a janeiro de 2020, mês que antecedeu o início da pandemia.
Alexandra Portugal Gomes, Head of Research da Savills Portugal, explica que «os resultados observados nos últimos três meses do ano de 2021 no mercado de escritórios de Lisboa já tinham deixado antever uma recuperação mais consistente dos volumes ocupacionais. O fecho do mês de janeiro de 2022 vem provar que a trajetória de recuperação deverá sofrer menos oscilações, com o levantamento total das restrições e o regresso da maioria dos colaboradores aos espaços de escritórios, permitindo que o mercado possa atingir em 2022, valores idênticos aos verificados no período pré-pandemia».
Em janeiro foram fechadas 15 operações, e a Zona Prime CBD concentrou 8.363 metros quadrados, 40% do total de operações. Duas das operações desta zona foram acima dos 1.000 metros quadrados.
O Corredor Oeste também se destacou por ultrapassar «largamente» os resultados de janeiro do ano passado, com 2.958 metros quadrados contratados, que comparam com os 204 metros quadrados de janeiro de 2021 e também com os 594 metros quadrados colocados em janeiro de 2019.
Já o CBD fechou o mês com uma absorção de 1.474 metros quadrados, mais 10% face a igual período de 2021, ainda sem recuperar totalmente, com uma quebra de 73% face a janeiro de 2019.
Por intervalo de área ocupada, o mercado de Lisboa registou maior concentração de área tomada no intervalo acima dos 5.000 metros quadrados (44%), seguida do intervalo 301-800 metros quadrados (18%) e dos 801-1.500 (17%).
Frederico Leitão de Sousa, Head of Corporate Solutions do segmento de Offices da Savills Portugal, afirma que se perspetiva «um bom ano de 2022 e este mês de janeiro veio confirmar que não só ficámos acima dos números de 2021 (expectável tendo em conta o lockdown) como também dos números de pré-pandemia. Acreditamos que este mês de janeiro não será um outlier, mas sim a confirmação de que o Mercado de Escritórios de Lisboa mantém os pressupostos que o colocaram no mapa de grandes empresas multinacionais e que iremos ter um ano de sólida retoma».