Os escritórios do pós-pandemia devem ser cada vez mais locais de promoção da criatividade, da troca de ideias, de contactos informais e de socialização entre colaboradores, considera a Savills, que aconselha as a empresas a olhar para estes ativos como mais do que meros locais de produtividade. Os escritórios mantêm a sua importância para as empresas, mas adquirem novo significado para os colaboradores, assegurando a sua satisfação, minimizando perdas de rendimento e maximizando a retenção de talento.
Bárbara Clemente, Senior Architect, WELL AP & WP Strategist, Savills Portugal, refere em comunicado que «o modelo de trabalho híbrido não é apenas resultado da pandemia. Há muito que se discute e se desenvolvem espaços de trabalho que espelham a cultura organizativa, quer pela flexibilidade que a tecnologia tem vindo a trazer, quer pela vontade de estimular a criatividade de cada um, possibilitando um maior equilíbrio entre trabalho e vida pessoal». A consultora destaca que o modelo organizativo deverá ser adaptado a cada empresa, resultando de um trabalho de workplace strategy sustentado num processo de mudança ambicioso para a organização.
Por outro lado, os chamados escritórios-satélite deverão ter relevância acrescida no mercado de trabalho, como forma de diminuição do tempo de deslocação diária para o local de trabalho e da quebra de rotinas. A Savills acredita que «o chamado work life balance estará dependente da capacidade de flexibilização e escolha pela melhor forma de trabalhar para cada projeto, em equilíbrio com a rotina pessoal. Criar espaços de escritórios, como extensão da sede, em localizações periféricas próximas do local de residência (fixa ou temporária) dos seus colaboradores vai permitir promover a cultura organizativa para além das fronteiras rígidas do espaço-sede».
Além disso, ganha maior importância o compromisso das empresas com o meio ambiente. Investem mais na sustentabilidade dos seus imóveis e no bem-estar dos colaboradores, nomeadamente com recurso à luz natural e à integração de elementos de Natureza no design dos espaços.
Ana Redondo, Offices Associate Director, Savills Portugal, explica que «projetar um escritório vai muito além de colocar mesas e cadeiras num espaço. É necessário criar ambientes que inspirem e que criem valor nas pessoas. Isso é investir no futuro da empresa».
Acrescenta ainda que, «apesar do teletrabalho ser uma tendência que parece ter vindo para ficar, o escritório físico continuará a ter a sua importância enquanto espaço que reforça os valores e cultura da empresa. Será sempre um espaço facilitador de inovação, colaboração e produtividade, saúde e bem-estar», conclui.