Construção perdeu 14.000 trabalhadores em 2018

Construção perdeu 14.000 trabalhadores em 2018

 

Esta perda acontece depois de o setor ter perdido 38.000 empresas e mais de 260.000 trabalhadores entre 2009 e 2014, durante os anos da crise. A partir de 2015, a indústria recuperou 55.000 empregos, mas voltou a perder no ano passado.

A emigração de «milhares de trabalhadores», nomeadamente para países europeus, onde ganham um salário muito superior, o desvio de recursos humanos para áreas em grande desenvolvimento, como o turismo, ou o aumento da clandestinidade na construção, nomeadamente trabalhadores oriundos do Brasil ou da Índia, são as principais razões apontadas pela AICCOPN para este fenómeno, cita o DV.

Uma maior regulação do mercado e soluções para os 70.000 a 80.000 trabalhadores de que o setor precisa para fazer face às necessidades dos próximos anos são algumas das medidas urgentes reclamadas por Albano Ribeiro, presidente do Sindicato da Construção, que lembra que só o Plano Nacional de Investimentos 2030 do Governo prevê investimentos de quase 22.000 milhões de euros em obras estratégicas para a próxima década. O novo aeroporto do Montijo vai precisar de 10.000 trabalhadores e «não os há», garante.