A Câmara Municipal de Coimbra concluiu esta semana a elaboração da sua Estratégia Local de Habitação para a próxima década, documento que será analisado e votado na próxima reunião de câmara, antes de seguir para aprovação na Assembleia Municipal. Este é o documento que servirá de base para uma candidatura a financiamento no âmbito do programa do Governo “1º Direito – Programa de Apoio ao Acesso à Habitação”. São definidas na ELH prioridades a curto, médio e longo prazo, e três grandes objetivos: o de responder às carências habitacionais graves, tornar o mercado mais acessível e requalificar o parque habitacional.
Segundo o Notícias de Coimbra, o investimento estimado ronda os 33 milhões de euros, que serão aplicados na promoção da reabilitação urbana do centro da cidade e na criação de nova oferta de habitação para arrendamento, através da construção e reabilitação de imóveis.
«Atendendo à crise sócio-económica que se tem vindo a desenvolver, perspetiva-se que o número de famílias que residam em condição indigna se agrave, pelo que será necessário prever o aumento da resposta habitacional», lê-se no documento citado pelo Público. Por isso, o documento defende o aumento do parque habitacional em cerca de 500 fogos «através da reabilitação de edifícios e/ou fogos, bem como a aquisição/afetação de terrenos para construção». Citado pela mesma fonte, o autarca Manuel Machado afirma que a ideia é «disseminar pelo território» as casas municipais, contrariando a lógica de décadas de construção de bairros sociais.
Está planeada, por exemplo, a construção de 4 novos empreendimentos municipais em Santa Eufémia, Fonte do Castanheiro, Vale de Figueiras e rua Cidade de Cambridge, até 2024, num total de 87 fogos T1 a T3.
Até agora, a autarquia já investiu cerca de 11 milhões de euros na requalificação dos bairros municipais da Rosa, Conchada, Ingote e Celas.