Em causa está uma proposta da vereadora da Habitação, Paula Marques, que prevê que a autarquia possa adquirir fogos devolutos provenientes do setor privado, «nomeadamente habitações atualmente no mercado de Alojamento Local, de preferência no mesmo conjunto habitacional ou edifício, em estado de imediata utilização e afetação aos programas habitacionais do município», conforme explicou a autarca à Lusa.
Prevendo que a crise que se avizinha agudize ainda mais os problemas habitacionais, a vereadora acredita que «a Câmara deve observar este momento e pensar como é que pode utilizar aquilo que está a acontecer para aumentar o seu parque, em particular casas que estejam prontas a habitar».
Isto numa altura em que a autarquia tem «7% de parque público em Lisboa e acho que é fundamental aumentar esse parque público. Nós estamos a viver um momento excecional, a nossa vida não vai ser a mesma daqui para a frente, há uma série de atividades que vão naturalmente mudar, há uma crise que se afigura difícil para as famílias», cita o Negócios. A vereadora destaca principalmente os fogos em alojamento local, uma atividade que «não vai voltar a ser a mesma nos tempos mais próximos».
Esta proposta prevê o início imediato de uma consulta ao mercado para a preparação de um caderno de encargos para concurso público de aquisição de fogos.
Aos imóveis privados a adquirir, somam-se ainda edifícios devolutos de uso coletivo, além dos imóveis municipais disponíveis para o efeito.