O Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, entregou esta segunda-feira as chaves de 128 habitações integradas no Programa de Renda Acessível da autarquia, parte da Operação Integrada de Entrecampos, um investimento de 15,5 milhões de euros.
A cerimónia de entrega das chaves destas habitações contou com a presença de ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos. Na ocasião, o ministro questionou «as razões para as pessoas acreditarem pouco em nós, de se afastarem de nós e da democracia. Isso acontece porque não cumprimos ou demoramos muito a cumprir, a dar resposta às necessidades das pessoas, do povo, das famílias e dos trabalhadores. Quando conseguimos fazer aquilo que nos compete coletivamente, dar resposta às necessidades de todos, também ganhamos a confiança das pessoas, da comunidade e ficamos com democracias mais fortes». Referiu também que «não há balas de prata e o trabalho que estamos a fazer, não temos a menor dúvida que a reabilitação, a construção, a aquisição, o alargamento do parque público de habitação é central num país que não tem quase oferta pública de habitação», citam a Lusa/Rádio Comercial.
E completa que «a luta continua para que todos nós em Portugal nos sintamos respeitados e cidadãos com dignidade, com direito, desde logo, a uma casa e habitação».
Carlos Moedas defende que «temos de estar alinhados, lutar para ter esta dignidade da pessoa humana que é termos a nossa casa e ter a nossa casa tem de ser o objetivo de qualquer presidente da câmara. Sobretudo num momento em que sabemos que a inflação está aí, que os preços estão a subir e que muitas destas famílias nunca conseguiriam alugar nem comprar casa», cita a TSF.
E completa: «sei que o ministro me deu todo o apoio nas desocupações daqueles focos que hoje, em bairros municipais, estão ocupados ilegalmente e não podem porque há seis mil pessoas que estão à espera desses apartamentos».
De acordo com o site da autarquia, este projeto inclui 5 blocos de habitação, «com desempenho energético elevado e necessidades de energia quase nulas, cobertas em grande medida por energia produzida no local e proveniente de fontes renováveis», além de um edifício para estacionamento e área de equipamentos sociais e espaço público envolvente.
Segundo Carlos Moedas, estão já em construção em Lisboa cerca de 1.000 casas de habitação acessível, e outras 2.000 estão em fase de projeto.