Num estudo levado a cabo pela Berkshire Hathaway HomeServices nos últimos dois anos, em sete mercados chave – Reino Unido, Alemanha, Itália, Espanha, Portugal, Grécia e Dubai – foi registado um alto nível de atividade do mercado residencial. Este acréscimo é fruto da pandemia, que acentuou o papel central da casa na vida das pessoas, tornando-as mais atentas às suas reais necessidades.
As elevadas taxas de empregabilidade, e o aumento dos salários e das poupanças por parte das famílias, fomentaram a acessibilidade dos preços e um maior poder de compra. Christy Budnick, CEO da Berkshire Hathaway HomeServices, alega que «o facto de grande parte do mercado ter estado mais orientado para a procura do que para a oferta beneficiou os proprietários, que tiveram capacidade para praticar preços mais elevados».
Por conta deste ciclo, profissionais do setor imobiliário salientam que, nos próximos doze meses, na maioria dos mercados analisados, o mercado tornar-se-á ainda mais competitivo. Com a abertura das fronteiras, prevê-se ainda que exista um aumento de compradores internacionais que não tenham conseguido concretizar as suas aquisições à distância.
De acordo com profissionais do mercado imobiliário português, em Portugal, a pandemia gerou uma aceleração no mercado, tornando-o mais competitivo e focado no preço, algo que é alicerçado pelos elevados níveis de procura existente. Cerca de 61% destes profissionais sustentam que o crescente aumento da procura de imóveis residências, está a afetar a relação entre preço e qualidade.
Carla Cláudio, da Berkshire Hathaway HomeServices | Atlantic Portugal, aponta para uma subida dos preços devido à afluência de turistas, «Portugal ficou rotulado como um local na moda para se viver.» Como resultado, cresceu uma forte apetência por imóveis urbanos no país. Por outro lado, houve também um aumento de 67% da procura de casas em zonas periféricas.