A hotelaria do Algarve tem boas expetativas para o período da Páscoa, e espera mesmo superar a ocupação registada em 2019, antes da pandemia.
A estimativa é feita à Lusa pelo presidente da Associação de Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve, a AHETA, Hélder Martins, segundo o qual «as perspetivas de reservas, quer para a Páscoa, quer para o verão, estão acima das de 2019, e com um crescimento do preço, ou seja, sem recorrer a baixas de preço», cita o Negócios. As perspetivas são «transversais em relação às várias categorias» de alojamento.
Apesar disso, o Algarve estará «longe de estar cheio na Páscoa», já que conta com «uma capacidade de alojamento grande» para o período de 15 a 17 de abril. Para já, o destino «está com ocupações previstas acima de 2019, mas com grande capacidade ainda para acolher aqueles que quiserem cá vir».
«Quando os dados estão acima dos de 2019, na mesma altura do ano, é significativo, porque, de então para cá, foi tudo a descer. Portanto, o pensamento continua a ser positivo», completa o responsável.
Os turismos nacional e espanhol deverão manter-se importantes neste período do ano, mas «todos os mercados estão a reagir bem e não se pode dizer que haja apenas um mercado a disparar e os outros a baixar. Estão todos a reagir mais ou menos de forma idêntica». A retoma das ligações aéreas deverá ajudar nestas melhorias.
Com um mês de invasão da Ucrânia, Hélder Martins afasta influências negativas na procura pelo Algarve, pelo menos por enquanto: «até ao momento não sentimos isso, mas, obviamente, é uma situação a ter em conta, porque pode piorar de um momento para o outro. Mas neste momento não cremos que haja sentimento de medo de viajar nem nada disso». Pelo contrário, o facto de o conflito ser no leste da Europa «pode ajudar a motivar pessoas a escolher destinos no sul da Europa, em detrimento de outros», especula.