Os novos registos de alojamento local têm vindo a crescer no Porto. 90% dos novos registos feitos em 2022 dizem respeito a imóveis situados nas freguesias do Centro Histórico e do Bonfim.
A informação foi dada por Ricardo Valente, vereador da Economia, Emprego e Empreendedorismo, numa apresentação feita na reunião de Executivo desta segunda-feira, sobre o mercado de alojamento local da cidade. Segundo o autarca, «temos vindo a verificar um crescimento dos registos durante 2022», e é de assinalar «uma enorme concentração nas freguesias do Centro Histórico e Bonfim. Estas duas freguesias representam 90% dos novos registos de alojamento local na cidade», pode ler-se no site da autarquia.
Segundo o autarca, «era expectável o crescimento dos estabelecimentos ativos com o crescimento da atividade turística», e «as cessações de atividade têm vindo a reduzir-se».
Ricardo Valente explicou que a autarquia tem vindo a trabalhar no sentido de «propor alterações significativas ao regime jurídico da exploração dos estabelecimentos de alojamento local (RJEEAL)», nomeadamente enviando uma proposta à secretária de Estado do Turismo e para a Comissão de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação.
Nesta reunião camarária, foi feito o balanço do primeiro ano de atividade da mediadora de alojamento local da Câmara do Porto, considerado «positivo». Neste período, a mediadora geriu 38 processos, 26 dos quais já concluídos, sem necessidade de cancelamento de nenhum registo.
Ricardo Valente lembrou que «falta adequação do regulamento às especificidades locais. Tem de ser o município a liderar esse processo, a perceber se deve conter numa lógica absoluta ou numa lógica relativa. Problemas de convívio acontecem em qualquer prédio, independentemente de ser alojamento local».