Pedro Salema Garção, Head of Agency da Worx, explica que «devido à escassez de oferta nova, o ano de 2020 continua a ser um ano de oportunidade para escoar os escritórios usados». Mas, salienta, «é necessário ter em conta que os edifícios de escritórios reabilitados não podem ter valores iguais aos escritórios novos planeados para 2021/2022. Caso contrário, não será aproveitada a oportunidade para escoar os escritórios usados, uma vez que as empresas optarão por aguardar um a dois anos e selecionarem um escritório com condições mais eficientes ao mesmo custo».
Lisboa é hoje procurada por empresas de todas as dimensões, que procuram os melhores escritórios. O ano de 2019 fechou com um take up total próximo dos 195.000 m², valor semelhante ao registado no ano anterior e justificado pela falta de nova oferta de escritórios, já que a procura se mantém em alta.
De acordo com a consultora, o Prime CBD e o Parque das Nações registaram três transações pontuais (dois no Prime CBD e um no Parque das Nações) que representaram 45% e 60% do total. Estas foram também as únicas zonas de Lisboa que em 2019 superaram os valores de absorção do ano anterior, com subidas de 50% e 80%, respetivamente.
No ano passado, a renda prime fixou-se nos 25 euros por metro quadrado por mês, enquanto que a vacancy rate fechou abaixo dos 5%, e deverá continuar a descer este ano, «perante um cenário de oferta nova muito escassa em desequilíbrio com os níveis de procura que o mercado tem registado», segundo a consultora.